Ivan Santos*

“Em menos de 24 horas, a base aliada do governador Fernando Pimentel na Assembleia Legislativa aprovou o aumento de ICMS de dois dos combustíveis mais utilizados em veículos automotores, o álcool e a gasolina, e do IPVA para veículos de cabine dupla ou estendida. O arrocho tributário pegou os mineiros de surpresa. Ele foi apresentado no final da tarde de ontem (30/5) no substitutivo ao Projeto de Lei nº 3397/2016, que tramita em regime de urgência e prevê a renegociação de dívidas tributárias. Na manhã desta quarta-feira (31/5), a proposta já estava na pauta do Plenário e, mesmo com a pressão contrária dos deputados de oposição, a base de Pimentel conseguiu aprovar a matéria em primeiro turno”. Informação falsa? Não, senhoras e senhoras do Estado de Minas Gerais. Verdadeira. Esta nova me foi passada ontem pelo jornalista Paulo Monteiro que, na Assembleia Legislativa, assessora o deputado estadual Felipe Attiê (PTB). Aumento de imposto sobre combustíveis produz sempre resultados negativos em toda a produção de bens de consumo e, portanto, na sociedade. Na última terça-feira, em Uberlândia, o industrial Fábio Pergher, presidente da ACIUB, disse ao vice-governador de Minas, Antônio Andrade, que a empresa dele, por causa de carga tributária em Minas, perdeu a capacidade de competir no mercado com concorrentes de outros Estados. Outros empresários mineiros, presentes ao almoço com o vice-governador repetiram queixas semelhantes. Agora chega-nos esta notícia que significa uma paulada na moleira de quem trabalha e produz e na de quem trabalha e consome em Minas. A informação que recebi destaca que “o ICMS incidente na gasolina passará de 29% para 31%. No caso do álcool, a alíquota sobe de 14% para 16%. Já o IPVA para veículos de cabine dupla ou estendida terá alta de 25%, passando de 3% para 4%. Na proposta, que deve ser apreciada em segundo turno já nesta quinta-feira (01/5), ainda estão previstos aumento de ICMS para solventes e nas importações de mercadorias, como no caso de compras feitas pela internet”. Hoje, trabalhar e viver em Minas Gerais representa um sacrifício cavalar, por causa da pesada carga tributária cobrada pelo Estado governado por petistas.

*Jornalista