Divulgação-PMU

Proteger a memória de um povo por meio da manutenção dos monumentos com significado para uma cidade ou região e das manifestações culturais é extremamente importante para conservação de sua identidade e história. Acrescido a esse cuidado, existe ainda a necessidade de preservação de expressões de vida e tradições das comunidades, bem como dos conhecimentos que são transmitidos e recriados coletivamente ao longo do tempo. A dedicação permanente à manutenção dessas dimensões (denominadas como patrimônio material ou imaterial) é uma das principais frentes de trabalho da Secretaria Municipal de Cultura. Além de dar voz às manifestações culturais do presente, a administração municipal se preocupa com a preservação da memória para garantir que a sociedade tenha acesso a essas vivências e registros no futuro.
E é justamente por entender a relevância da valorização e resgate da história da cidade – que em 2017 completa 129 anos – que o Município homologou, ao longo das últimas cinco décadas, o tombamento de mais de 20 imóveis. Além disso, em 2008, durante a primeira gestão de Odelmo Leão, a Festa do Congado em Louvor à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito foi homologada como patrimônio imaterial histórico de Uberlândia. O mais recente tombamento foi o da Capela da Saudade, ocorrido em 8 de maio deste ano.

Proteger para preservar

O tombamento é o ato de proteção de um bem – com base no interesse e interação cultural – para preservação de referenciais e situações vividas pela população. Em Uberlândia, o processo de tombamento tem início a partir de demandas da sociedade ou de indicação dos integrantes do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Cultural (Comphac). “Esse conselho é responsável por analisar a importância e relevância histórica do patrimônio, seja ele imóvel, móvel ou imaterial”, conforme explicou a diretora de Memória e Patrimônio, Valéria Queiroz.
Segundo a diretora, quando o Comphac define o bem a ser preservado, faz o tombamento provisório para assegurar que esteja conservado até que o processo seja encerrado. “Depois disso, encaminha-se uma solicitação de tombamento para a Secretaria Municipal de Cultura e para o aval do prefeito, que assina e publica no Diário Oficial. A partir daí, o bem é tombado e sua conservação é responsabilidade do proprietário”, disse.
Para a secretária municipal de Cultura, Mônica Debs, além de preservar, é importante também conscientizar a população. “Entendo que a proteção não é um processo isolado. Ela começa com o despertar do sentimento de pertencimento a uma comunidade, a um espaço, do que é importante para a identidade de cada um. E é por meio desse trabalho amplo que podemos conservar o que foi e é importante historicamente para nossa Uberlândia, nosso estado e país”, afirmou.