Ivan Santos*

Os principais partidos políticos do Brasil foram baleados por atiradores que se posicionaram na Operação Lava Jato e estão na UTI tentando salvar a vida. O PT, também atingido por balaços, tem apenas um líder, também baleado e ainda alimenta a esperança de sobreviver para disputar espaços no poder em 2018. O PSDB que cresceu na eleição nacional em 2014 também deposita esperança de sobrevivência num prefeito marinheiro-de-primeira-viagem para disputar a Presidência da República. O povão que elege o presidente e os deputados, senadores e governadores segue espantado com tantas denúncias de corrupção que envolvem estros e estrelas da política nacional debaixo dos céus da pátria neste instante. O cenário confuso e indecifrável sinaliza adequação para o aparecimento de caçadores de maracujá e de aventureiros obradores de milagres dispostos a salvar os pobres de espírito e eleva-los à nova classe média sem fazer força. O presidente Temer imita Lula e Dilma e cria o “Cartão Reforma” para emprestar-doar CR$ 5000 a famílias de baixa renda que ganhem até R$ 2.800. É dinheiro para reformar a cada própria. É um visível esforço ou imitação dos governos do PT para conquistar popularidade. Isso para um presidente que tem apenas 9% de aprovação popular, segundo o Ibope, é uma gota d’água num mar de lamentações. Senhoras e senhores do Conselho da República do Brasil: o atual modelo político em vigor faliu. Morreu de morte matada e jamais ressuscitará. A saída racional é juntar os cacos, jogar no lixo da história e recomeçar tudo de novo com uma Assembleia Constituinte exclusiva a ser instituída em outubro de 2018 com a eleição nacional, para reconstruir novo modelo político para o Brasil. Se os brasileiros não foram capazes de reformar o atual modelo político em vigor no País, apelemos ao Papa Chicão.

*Jornalista