Diógenes Pereira da Silva*

São muitos os desafios para colocar o Brasil nos trilhos, mas quem sabe a má gestão política atual faça com que surjam transformações no cenário político, que pelo menos deem luz no fim do túnel. Entendo que um dos principais rudimentos condicionantes para uma transformação salutar em nosso País começa por se fazer política e acreditar nela. Desenvolvê-la, sobretudo, entre os jovens, desconstruindo a ideia de que todos os políticos são corruptos ou incompetentes, e que política não serve para nada e parlamentares são todos iguais. Na verdade, não são! É no debate político e na promoção de uma tempestade de opiniões que virão mudanças. É notadamente desoladora a atual situação política do Brasil, mas são os políticos, principalmente aqueles honestos que defenderão o pleno exercício da democracia.
Outro fator preponderante para início das transformações é se fazer investimento capaz de combater as taxas alarmantes de violência. Tem-se no país o mais alto nível de brutalidade, onde os assassinatos passam por números inacreditáveis que superam qualquer país em guerra no mundo. Os assassinados e os assassinos são, na maioria das vezes, pobres e jovens, quase adultos e abandonados por suas famílias e pelo Estado, sem educação, profissão ou esperança de um futuro melhor, do que a empunhadura de armas.
Neste contexto, encontramos mais uma questão premente que faz parte das mudanças necessárias no Brasil: a elevação da desigualdade social. O Brasil precisa melhorar a distribuição de rendas, investimentos em fatores que diminuam o desemprego e criem oportunidades. Para tanto, faz-se necessário que a qualidade do ensino, especialmente do ensino público melhore. Acredito que a maneira mais rápida e eficiente de fazer isso seja aumentar o salário dos professores, que são importantes, mas que temem não conseguir sustentar seus entes queridos com seus vencimentos, com isso, fica comprometida a boa qualidade do ensino e não consegue profissionais (professores) de qualidade e que dediquem à causa.
O Brasil precisa acreditar na ideia de que, com o aprimoramento da democracia, saberá encontrar, por si, o que precisa. O Brasil precisa de políticos responsáveis e interessados em fazer a diferença, ao ponto de saberem do que a sociedade precisa. O brasileiro é inteligente, informar-se bem a ponto de fazer boas escolhas e se errar não ter o medo de mudar e escolher melhores governantes, melhores gestores. O brasileiro precisa acreditar que a maioria saberá escolher o que é melhor para o País e que, se achar que as coisas estão indo mal, pode fazer outra escolha em alguns anos. Chama-se democracia… Sociedade, não tenha medo dos desafios, não temam as mudança e transformações. Só assim teremos um país melhor, mais justo e igualitário.

*Tenente do QOR da PMMG