Vivemos hoje no Brasil um estranho momento no qual sucumbiram as principais lideranças políticas do País por serem vistas, todas elas, pela massa popular como agentes de corrupção. O financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas, antes visto como natural, passou a ser crime e arrastou políticos da esquerda, do centro e da direita a um fétido lamaçal de corrupção. O que era legal e aceito pela sociedade, de uma hora para outro passou a ser crime inafiançável no entender do vulgo sedento de vingança contra os poderosos. Também os partidos políticos foram atingidos e perderam rapidamente o vigor e a importância, segundo a opinião majoritária do povão. O prepotente Partido dos Trabalhadores, aparentemente está no limbo sem saber se é ou deixou de ter sido. O PSDB, DEM, PSB, PTB e o resto, para a massa popular que vota e dá poder aos políticos, aparecem hoje como farinha do mesmo saco. Bregou geral! Neste clima de incerteza aparecem nomes de salvadores de última hora que ninguém sabe exatamente quem são nem como procederão sem um partido forte, sem programa claro e sem experiência para governar um País com mais de 200 milhões de brasileiros e inúmeros problemas sociais, políticos e econômicos. Nesta estranha lista aparecem Bolsonaro, Dória Júnior, Marina Silva, Tiritica e Juvenal dos Anzóis. Não há escolas para formar lideranças políticas. Estas nascem das lutas e debates nos partidos. Quando os partidos se desmontam acionados por corrupção e malfeitos, a esperança de renovação política, racional e lógica, morre sem extrema unção. Assim, se correr o bicho pega e se ficar o bicho como. Saravá!
* Jornalista