A Reforma Trabalhista no Brasil já foi aprovada na Câmara Federal, mas ainda não no Senado. O experiente senador Renan Calheiros disse na semana passada que essa reforma não será aprovada no Senado como foi na Câmara. Hoje no Brasil. O governo tem dito que para gerar novos empregos é preciso modificar a atual legislação do trabalho. Hoje, no Brasil, a legislação trabalhista, segundo alguns especialistas, estimula o trabalho informal e deixa 40% dos trabalhadores sem proteção oficial. O governo diz que as mudanças propostas e aprovadas na Câmara preservam direitos como o salário mínimo, FGTS, férias, aviso prévio e 13º Salário, “mas é preciso mudar velhos costumes para que o Brasil possa avançar em modernidade”. Os trabalhadores não conhecem essa linguagem cifrada nem sabem o que é modernidade no trabalho. Muitos acreditam que as reformas causam insegurança e retiram conquistas dos trabalhadores desde a Era Vargas a partir de 1940. Neste momento as Centrais Sindicais que foram às ruas na última sexta-feira revelaram que as mudanças propostas pelo Governo nas leis do trabalho geraram grandes tensões entre os trabalhadores e favorecem o capital. Neste momento é preciso encarar a realidade. Há no País mais de 14 milhões de trabalhadores sem emprego e outro tanto a trabalhar na informalidade, sem falar no subemprego. Os reflexos dessa situação causam paralisação preocupante nas indústrias, no comércio e nos serviços. O Brasil está semiparalisado. As maiores vítimas são os jovens, especialmente negros e mulheres. Além disso a economia no Brasil, como no resto do mundo, está em rápida mudança impulsionada por sofisticada tecnologia. A robotização na produção industrial é uma realidade mundial irreversível. Hoje, no Dia do Trabalho, é preciso reservar algumas horas do dia para refletir sobre o presente para tentar antever o futuro. Quem correr pode ficar onde está; quem ficar parado tende a ser atropelado sem piedade.
*Jornalista