Ivan Santos*

Começo meu artigo de hoje com uma indagação do economista aposentado, Paulo Henrique Coimbra de Oliveira, que mora no Rio de Janeiro e opina com frequência no espaço dos Leitores deste Blog. Ontem, Paulo Henrique perguntou: “Votaram o fim do foro privilegiado. E daí? Que ganhou o país com isto? Melhorou a vida de alguém? Quero saber é quando vão votar o fim dos privilégios tais como: salários astronômicos fora da realidade brasileira, auxílio moradia, plano de saúde ilimitado, inclusive para dependentes, 80 assessores, jatinhos, verbas sem fim etc. etc. E esta advertência vale também para o Judiciário e o Executivo. Até agora ninguém foi preso e os privilégios não deixaram de ser pagos. E sem atraso. E dane-se o ajuste fiscal”. As perguntas do economista continuam sem resposta racional aceitável. Também não há resposta simples para o enorme desajuste fiscal e administrativo que o PT e os Partidos da Base Aliada impuseram ao Brasil em pouco mais de 13 anos de administração populista irresponsável exercida sob o lema “Sem medo de ser feliz”. Ser feliz quem? Os que criaram o Mensalão e o Petrolão e se locupletaram com recursos do Tesouro Público repassados para financiar aventuras empresariais como a que brotou dos negócios especiais da Odebrecht e de outras empreiteiras que se encantaram com as obras dos estádios para a Copa do Mundo e para as Olímpiadas no Rio de Janeiro? Em muitos escritos que assinei no extinto jornal “Correio de Uberlândia” adverti meus leitores para a hora de pagar a conta da farra administrativa comandada por Lula e Dilma. Adverti que na hora do ajuste de conta haveria choro e ranger de dentes. A Hora da Decisão chegou. É preciso reduzir privilégios para garantir saúde, educação e previdência. O povo, que se encantou com promessas mirabolante de agentes políticos populistas vai ter que pagar a conta da farra político com muito suor, lágrimas e enormes decepções. Desde que foi descoberta por Pedro Álvares Cabral nunca houve milagres na Terra de Santa Cruz. Não há outra saída racional senão pagar a dívida deixada por políticos irresponsáveis deslumbrados com o poder. O economista Milton Friedman, certa vez advertiu: “Não há almoço de graça. Se alguém comer sem pagar outro alguém terá que pagar a conta”. Chegou a hora de pagar a conta da farra petista. E lembrem-se: a reforma trabalhista e a previdenciária não servirão para resolver o desequilíbrio fiscal no Brasil nem para promover desenvolvimento econômico com aumento de renda. Para isto os agentes econômicos precisam acreditar que o País se livrou de aventureiros políticos e voltar a investir e a trabalhar com seriedade. Em 2018 o povo, se quiser, poderá modernizar os costumes neste país e impedir que irresponsabilidades continuem soltas debaixo dos céus da pátria por longo tempo.

*Jornalista