Vários prefeitos de Minas Gerais, entre os quais os de Uberlândia e Uberaba decretaram Estado de Calamidade Financeira para indicar que estão com as finanças municipais esgotadas. É uma estratégia política para atrair a atenção da União e do Estado para as dificuldades que enfrentam com a queda de receitas para custear serviços públicos como saúde e educação. É também um ato político para revelar ao público municipal que herdaram uma prefeitura desorganizada pela administração anterior.
A prefeitura de Tupaciguara, ao contrário das demais de Minas, decretou Estado de Calamidade Pública. O estado de calamidade pública só é decretado por uma Prefeitura, Estado ou pela União quando ocorrem desastres naturais com vítimas como em casos de fortes chuvas, deslizamentos ou incêndios de grandes proporções. Estado de calamidade pública só pode ser decretado quando a unidade federada precisa de auxílio direto e imediato do Estado ou da União para custear ações de socorro e de recuperação. Assim entende o Ministério de Integração Nacional.
Em recente reunião da Frente Nacional de Prefeitos em Uberaba, o prefeito Paulo Piau (PMDB) anunciou cortes no orçamento municipal para conter despesas e com o objetivo de economizar R$ 35 milhões. Piau disse na ocasião, que “a atual situação é o pior cenário que um prefeito pode enfrentar, visto que demissão, em um período de recessão é algo que ninguém gostaria de fazer”. Em Uberlândia, o prefeito Odelmo Leão, além da queda de arrecadação prevista para este ano, disse que encontrou serviços essenciais sucateados ou desorganizados. Para reorganizar ações municipais com uma ótica liberal, Odelmo Leão anunciou fusão de secretarias municipais, redução de cargos comissionados e reestruturação imediata de serviços na Saúde e na Educação para começar o ano. Nos municípios brasileiros ainda não há luz no túnel e todos esperam por um novo Pacto Federativo proposto pela União