Comentário do cidadão Paulo Henrique Coimbra de Oliveira (ph.coimbraoliveira@gmail.com): “Pesquisando na internet verifiquei que um escriturário do Banco Central em março de 1967 tinha um salário de 210 cruzados novos.
O salário mínimo na mesma época era de 84,00 cruzados novos. Então, em salários mínimos, ganhava 2, 5 SM. Em dólares representava US$ 77,00. Está previsto um concurso para 2017 e o salário previsto é de R$ 6.400,00. Isto equivale hoje a considerando o novo SM a R$ 937,00 a 6,83 SM e em dólares comerciais a US$ 2000,00. Então em SM os salários evoluíram 273 % e em dólares comerciais inimagináveis 2597% em valores reais. Tive nesta época meu primeiro emprego e ganhava até um pouco mais que o salário pago no BC. Vivia muito bem e quem ganhava SM conseguia sobreviver. Este exemplo de remuneração exorbitante é presente em todos os setores do serviço público principalmente no judiciário e legislativo e em áreas do executivo em todos os níveis de administração. Tal cargo é de nível médio e a diferença para cargos de nível superior não era mais do que 20 %. Hoje um cargo de nível superior é no mínimo 2,5 vezes maior. Estas disparidades vieram a reboque da Constituição de 1988 e foi agravada nos governos FHC, Lula e Dilma. E tal evolução dos salários elevou as despesas pública de 25 para 70%. Então esta orgia salarial é sim a grande responsável pela elevação dos níveis de inflação e somente uma grande tesourada nestes gastos públicos é que reverteria tal situação.
Já que não se pode reduzir salários, nada porém, impede que os mesmos fiquem congelados por um longo período ou se aplique uma tabela progressiva do IR até uns 50% nos mais altos salários. Com certeza está é a principal causa estrutural da inflação e da desigualdade de renda.
O cidadão PH deve ser um humorista. Em um país onde o governo gasta bilhões com “bondades” a ONGs, Sindicatos, amigos, artistas, além de bolsas e benefícios assistenciais (todos oriundos do dinheiro descontado do IR e demais impostos extorsivos praticados somente neste país), o cidadão PH se esquece que “serviço público” é praticado por pessoas e, portanto, “gastos com servidores” nada mais são do que a justa remuneração pelos serviços prestados aos brasileiros. Se PH acha que um juiz, um promotor de justiça, analistas e técnicos são os culpados pelos rombos ao erário, possivelmente PH não tem acompanhado as notícias sobre os descalabros de corrupção também praticados pelos mesmos políticos que compram votos por meio dos bilhões com “bondades” a ONGs, Sindicatos, amigos, artistas, além de bolsas e benefícios assistenciais. PH deve estar de brincadeira.