É difícil admitir certas tendências profissionais atuais, no Brasil e no mundo, mas a profissão de jornalista está entre outras que podem desparecer ou, ser profundamente modificada. Jornalista é um profissional preparado para relatar fatos ou denunciar abusos de poderosos contra humildes, contra o interesse público ou contra a paz entre os povos. Jornalista incomoda potentados de plantão. No Brasil e no mundo, a profissão de jornalista está a perder a importância que já teve e cresce à medida que os consumidores de informações se encontram nas redes sociais para comentar amenidades. O jornalismo não se define por uma técnica nem como ciência. Define-se por uma ética e pela obrigação de divulgar fatos e informações de interesse público. Isto não é algo material papável.
No mundo atual em transformação, pelo menos, 50% das atuais profissões estão ameaçadas de extinção em um quarto de século. Raros são hoje os profissionais que consertam objetos ou equipamentos. Mecânicos de reparos já estão fora do mercado há algum tempo. Os sapateiros, por exemplo, hoje são raros. Alfaiates, também. Nos jornais, o linotipista, há vários anos desapareceu. Nas redações, o repórter-de-setor que levantava informações setoriais, foi substituído por uma pauta formatada na redação. O revisor foi trocado por um corretor de texto virtual. O copidesque, que reescrevia textos de repórteres para adaptá-los ao estilo da publicação, há muito tempo foi fuzilado nos jornais gráficos. Também nestes foram extintas as profissões de pestapista, paginador e montador de chapa de impressão. O fim da profissão de jornalista aproxima-se sutilmente e por processos sofisticados.
Hoje, uma parte dos jornalistas já não se preocupa com causas públicas e dedica-se a defender objetivos de empresas, de grupos de pressão social. Entre estes governos, partidos e políticos. Os mais importantes assumem a identidade de diretores de relações institucionais.; outros transformam-se em ficcionistas que misturam realidade com imaginação. Para viabilizar estas transformações basta inventar histórias, usar personagens do momento para criar enredos imaginários e privilegiar declarações de fontes sem o tradicional contraditório. Com o jornalismo segue em crise. Então me restou apelar para um blog. No blog o risco é transformar jornalismo em entretenimento é grande. Muito grande. Os riscos estão no ar e no espaço por onde circulamos. Os primeiros passos exigem permanente participação de blogueiros e de leitores para sugerir ajustes e adequações. O desafio que tenho à frente é ilimitado. Então espero por críticas e sugestões.