Paz e bem! Salve Maria.
Na Grécia antiga, a consciência de que a cidadania deveria ser construída pelos filósofos ou, que pelo menos estivessem a frente na condução das proposituras, dos debates e encaminhamentos comuns, tendo em vista o interesse da coletividade na polis/cidade, sem dúvida deveria ser referência para construção da cidadania em todo tempo ou, enquanto houver vestígios da humanidade. É verdade que na polis grega além de serem pequenas, havia um processo de exclusão visível. Participar dos debates era espaço patriarcal, homem ateniense, filosofo. Não havia espaço aberto para outros. Ficavam de fora as mulheres, estrangeiros e escravos. Contudo, os debates eram construídos em razão do interesse da coletividade.
Atualmente, temos visto que a política brasileira em especial, tem caminhado no vale-tudo pelo poder, seja através da propaganda da difamação do outro tornando o diferente inimigo mortal a ponto de esquecimento dos principais temas da coletividade sabido por todos nós como: saúde, educação, mobilidade urbana, política de respeito as diferenças, etc. As vaidades afloram, o espirito messiânico abaixa, o ódio cega, a busca pelo dinheiro a todo custo mata todo e qualquer ideário da coletividade.
É, sem dúvida, o espirito da barbárie que toma conta de tudo e de todos.
A lógica da limitação humana no tempo e espaço, toma força os desfiles da arrogância, dos sarcasmos, de destruição toma conta de todos eleitos pelo pacato cidadão. É o teatro do faz conta que sirvo e faço, destruindo a história do outro e consequentemente, os gastos em uma administração anterior, são ignorados, pois, nada do outro serve.
Perdemos a noção de humanos com suas virtudes e acertos, aliás limitados, bastando faltar um instante de ar voltamos ao pó. Esse é o retrato do Brasil de norte a sul, leste a oeste somado as lamentações presentes constantes em nossas cidades, nas ações de um governo que termina e outro inicia.
Portanto, é preciso que a classe política atual, em nosso pais, calce as sandálias da humildade pois, ninguém faz nada sozinho na Vida e na vida pública, jamais.
Tempos de ouvir, refletir, sugerir, será sempre o melhor caminho para superar os desafios de ontem e de hoje, em nossas cidades. Que o debate em alto nível seja à tona dos atuais eleitos, a começar pela nossa cidade querida de Uberlândia.
Acorda classe política!
Padre Amauri Paixão
Professor de filosofia, idealizador e um dos fundadores dos projetos sociais estação vida, no Bairro shopping Park em Uberlândia