Gustavo Hoffay*

Essa a frase mais adequada para dizer a respeito de quem apoiava Bolsonaro antes e imediatamente após as eleições. São vários os “medalhões” que aproveitaram-se da grande popularidade daquele então deputado federal que, mesmo representante de um Partido nanico, conseguiu chegar ao trono do Planalto depois de enfrentar uma dura e quase mortal campanha eleitoral. Depois de subirem em suas costas e alcançarem a altura necessária para usufruir de um poder recém auferido, agora eles, como a verdadeiros traidores, convertem-se de sua linha original e se unem para destituir o líder que encaminhou-os à glória almejada nas urnas. Sabendo que suas próprias fraquezas de nada valeriam para dar sustentação a Bolsonaro , os senhores Bivar, Dória, Frota, Joice e Kataguiri, entre outros “amigos” do nosso presidente, abandonaram o barco, traíram a confiança neles depositada nas urnas e caíram em um lamaçal de onde, talvez, ainda imaginam chegar a um nível de aceitação popular jamais alcançado por eles mesmos e enquanto baseados na esperança de verem-se abraçados e depois encabrestados e puxados pela dupla Lula-Zé Dirceu, prestes a tornarem à liberdade e graças às vergonhosas canetadas de alguns membros do questionável Superior Tribunal Federal. Inútil, presumo, rebuscar no íntimo da alma de alguns daqueles juízes ao menos um sinal de dignidade em prol de quase duas centenas de milhões de brasileiros, já excluídos, é claro, aqueles que insistem na volta do socialismo marrom. Estamos precisando muito mais do nosso próprio ardor patriota que das lamentações diárias e constantes que fazemos via internet, no sentido de fazermos vingar o desejo de justiça em nosso Brasil. Aqueles “políticos” que hoje traem o nosso presidente e que antes serviu-lhes de preciosa escada para alcançarem o patamar onde se encontram, terminaram por odiar o bem na tentativa de cair nas graças de obter 500 milhões de reais do fundo partidário. Quanta vergonha e destempero de pessoas que ,antes, fora do Congresso Nacional, colocavam Jair Bolsonaro no cume dos altares de suas paixões egoísticas, caminhavam sob a sua sombra e elevavam o seu nome em altos brados…! “Corruptio optimi, péssima” , gritaria o meu nobilíssimo e saudoso amigo Frei Antonino diante de tamanha e vergonhosa situação criada pelos “amigos” do nosso presidente. Cabe a cada um de nós, patrícios verdadeiramente patriotas, viver a grandiosidade do nosso amor pelo Brasil numa luta da democracia contra um socialismo que teima resistir e insistir, abraçando e escudando o nosso presidente para fazermos viver ainda mais o seu desejo por um Brasil verdadeiramente ordeiro e progressista. Nós, uma multidão de almas aniquiladas pela desventura de governos anteriores e pelas decepções com aqueles deputados federais a quem muitos confiaram os seus votos, não podemos deixar que se atrofie o nosso desejo por um Brasil que precisa sair das sombras e misérias políticas herdadas do socialismo. Bivar, Dória, Frota, Joice e Kataguiri conseguiram, cada um a seu modo, ludibriar a muitos nós e o nosso presidente em suas respectivas campanhas eleitorais para, agora, demonstrarem publicamente a sua fraqueza de caráter e pobreza de raciocínio enquanto confiando na fraca memória da maioria dos eleitores. Nosso presidente tem lá, sim, seus defeitos enquanto na prática de uma política que pretende impor como a um sacramento, mas antes do mais é oportuno lembrarmo-nos que ele não é milagreiro e sim um líder que deseja restaurar um progresso baseado na ordem democrática. Quem viu e ouviu aqueles cinco deputados durante suas respectivas campanhas eleitorais, jamais poderia imaginar tratarem-se de pessoas manipuladoras e sem qualquer escrúpulo. Tenho não poucas críticas ao modo Bolsonaro de ser, mas não posso concordar com traições e quanto mais quando está em jogo um atentado contra a democracia e a partir de um jogo de interesses diversos no grande tabuleiro que é Brasilia.

*Agente Social – Uberlândia-MG