Ivan Santos*

O governo do presidente Bolsonaro, em menos de 50 dias, segue metido em indefinições e confusões. Com o fim do internamento num hospital em São Paulo e início da recuperação da saúde, espera-se que o comandante em chefe comece a governar e a definir metas de governo para tirar o País da estagnação econômica e reduzir a violência que perturba a vida dos brasileiros.
O presidente, ao assumir o leme do barco, precisa começar a afastar os trapalhões e palpiteiros, principalmente seus parentes que perturbam a navegação e dificultam ao timoneiro conduzir a embarcação na direção de um porto seguro. Por enquanto, no centro de planejamento, fala-se muito em reforma da Previdência, mas os brasileiros ainda não sabem como será essa proposta de reforma.
O que se destaca na mídia tradicional hoje são denúncias de corrupção que envolvem pessoas próximas ou que integram o governo. Parte dos brasileiros espera que o chefe garanta ordem na navegação e transmita segurança aos navegantes.
E a agenda econômica sai ou não sai? A prometida reforma tributária é pra valer ou continua promessa de campanha? E a Reforma da Previdência e diferente da Reforma de Michel Temer? A maioria dos brasileiros não sabe.
A partir de agora o presidente precisa começar a apresentar propostas concretas, mas antes terá que organizar uma Base de Apoio Político no Congresso para aprovar as mudanças pretendidas. Por enquanto, os brasileiros ainda não conhecem as propostas de mudanças do novo governo. Só a reforma da Previdência, segundo abalizados analistas do mercado, não é suficiente para reativar a produção econômica, reaquecer o consumo e gerar empregos e renda salarial.
A partir de agora o governo do liberal Bolsonaro precisa esquecer o discurso da campanha e começar a apresentar os prometidos projetos de reformas para tirar o País da estagnação e reduzir o preocupante número de desempregados. O momento exige muitas ações e poucas conversas ou postagens de opiniões e observações emocionadas em redes sociais.

*Jornalista