Ivan Santos*

Em Minas Gerais os lidadores da política esperam pelas pesquisas de intenções de votos após as convenções dos partidos para poderem avaliar o desempenho futuro dos principais candidatos a governador de Minas. Na última pesquisa do Instituto Data Tempo o candidato tucano Antônio Anastasia apareceu com 6.8% acima do segundo colocado, o petista-governador, candidato à reeleição, Fernando Pimentel. Com o afastamento forçado da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB) e com a desistência de Rodrigo Pacheco (DEM) ficou difícil a viabilização de uma terceira via na disputa majoritária estadual. A eleição tende a ser decidida entre Anastasia e Fernando Pimentel. Os outros candidatos, todos fracos eleitoralmente, podem não contribuir para a ocorrência de segundo turno. Assim a eleição poderá ser decidida no primeiro turno. Hoje o candidato do PT enfrenta desgaste em praticamente todos os municípios com os prefeitos que cobram os repasses constitucionais não feitos no tempo hábil pelo Governo do Estado. Os prefeitos dizem aos eleitores do município que a saúde e a educação estão de mal a pior e podem ficar inviáveis se o governador não pagar o que o Estado deve aos municípios. Os eleitores não se manifestam e por esta razão os políticos esperam por pesquisas de intenções eleitorais que possam sinalizar um desfecho no dia 7 de outubro. Os comandantes dos partidos esperam que a propaganda eleitoral no rádio e na televisão motive os eleitores, mas o cenário de indiferença poderá persistir. Um dos sinais nessa direção foi o silêncio das pessoas do povo após o primeiro debate realizado pela TV Bandeirantes na semana passada. As pessoas aqui em Uberlândia nada comentaram sobre a participação dos candidatos no debate. A indiferença foi impressionante e tende a se aprofundar. Nas redes sociais multiplicam-se as manifestações fantásticas e bombásticas que podem ser simplesmente ignoradas pela imensa massa de indiferentes que soma quase 50% do eleitorado. Assim, ninguém pode hoje prever que bicho vai dar no primeiro domingo de outubro se não houver fatos novos na política até lá.
*Jornalista