José C. Martelli – Adovogado e professor – Espírito Santo do Pinhal – SP

Pois é. Cá estamos nós, como prometêramos, para falar, finalmente, do amor e sua relação com a diabetes.
Na realidade não é uma relação direta mas sim fatos que suscitaram reflexões deste escrevinhador sobre o AMOR. E estes fatos aconteceram quando, como relatado na crônica anterior, caminhávamos e fazíamos exercícios no Estádio Municipal e nos aparelhos de uma Praça próxima ao estádio.
No primeiro caso chamou-nos atenção um casal de idosos, de mãos dadas, conversando alegremente. Ficava a impressão de que aquela era uma cena de primeiro encontro.
E nós ficávamos pensando como o amor pode permanecer, porque ele estava ali, estampado claramente na fisionomia e nos gestes daquele casal.
Lembramo-nos de uma crônica publicada nesta mesma página, no dia 05.03.2023, sobre as 5 linguagens do amor. Com certeza cada um havia descoberto a linguagem do amor primário do outro e cuidado, pela vida afora, que ele permanecesse vivo e real. Obviamente o amor tem nuances que vão mudando através dos tempos.
Claro, referimo-nos ao amor entre casais. Porque o amor no sentido lato, sabemos, é o que move o mundo. Para o bem ou para o mal. Ele e sua contraposição que é o ódio. Mas este é assunto pra uma crônica especial.
Voltemos ao amor entre casais, cuja primeira fase é o amor paixão. Aquele que poderíamos dizer, totalmente irracional. Não tem peias nem contraditas. Ele é intenso e avassalador e enquanto dura segura o relacionamento entre o casal de maneira sólida e tranquila. Mas, quando acaba ou o casal busca outras formas de amor ou o relacionamento se desfaz. Por isso que nos chamou tanto a atenção aquele casal caminhando de mãos dadas e espargindo felicidade.
O outro fato acontecido, coincidentemente, no mesmo dia, foi o encontro de outro casal, também idoso, fazendo exercícios de alongamento que deve preceder o uso dos aparelhos. Ambos ajudando-se mutuamente de uma forma tal que chegou a nos comover.
E ficamos pensando como são tantos os casais que não conseguem chegar a esta fase da vida como esses dois que provocaram esta crônica.
São casais que, infelizmente em número muito maior do que estes, produzem órfãos de pais vivos, como costumamos dizer, e toda consequência daí advinda.
A relação entre a diabetes e o amor, foi a oportunidade que ela nos deu de apreciar a comovente cena propiciada por dois casais de idosos.
De toda forma gostei da história de imitar novelas. Fez subir meus acessos. Estou batendo recordes sobre recordes. Já ultrapassei a casa dos 50. kkkk