Após dengue grave, ex-paciente retorna ao Hospital Eduardo de Menezes para agradecer equipe

Viviane Miranda ficou cinco dias na UTI e chegou a apresentar exames com taxa de plaquetas zerada

GOV. MG

O que parecia ser um quadro de dengue com uma evolução dentro do esperado tornou-se um grande susto para a massoterapeuta Viviane Gomes Miranda.

Após cinco dias com os sintomas clássicos da doença, um sangramento acendeu o sinal de alerta e a fez procurar uma unidade de pronto atendimento. No mesmo dia, já foi encaminhada para o Centro de Terapia Intensiva do Hospital Eduardo de Menezes (HEM), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Seu caso era tão grave que, por três vezes, chegou a apresentar um resultado de hemograma preocupante: o número de plaquetas estava em zero.
“Eu poderia ter uma hemorragia grave a qualquer momento. Fui transferida para o CTI do Eduardo de Menezes e lá pediram alguns exames mais específicos. Daí veio o primeiro resultado com a taxa de plaquetas zerada. Fiz a primeira transfusão, subiu um pouco, mas em outro exame, no dia seguinte, já veio zerada novamente. Fiz uma segunda transfusão e, novamente, o mesmo resultado. A equipe do CTI ficou bastante preocupada, recebi toda assistência. Pediram mais exames para verificar se eu tinha outras infecções além da dengue, pois o quadro não estava evoluindo bem. Só na terceira transfusão, as plaquetas começaram a subir”, relata a ex-paciente.
Plaquetas

O gerente do CTI do Hospital Eduardo de Menezes, Aguinaldo Bicalho Ervilha Júnior, explica os riscos.

“A plaqueta é um tipo de célula que, entre outras, ajuda na formação dos coágulos. Quando chega a níveis muito baixos, existe uma possibilidade maior de choque hemorrágico. O caso da Viviane chamou atenção por uma contagem extremamente baixa de plaquetas que, obviamente, a colocava em risco. Felizmente, ela saiu viva, sem nenhuma sequela”, explica.
O médico ressalta a importância da terapia intensiva na atual epidemia de dengue.

“Temos observado casos de doentes graves. O paciente que precisa de CTI é porque tem algum acometimento ou iminência de acometimento de um órgão vital. E o mais importante: as arboviroses também afetam mais gravemente quem já tem outros problemas, como cardiopatas, nefropatas, imunossuprimidos. Então, acaba entrando como uma comorbidade ou um gatilho para que a doença de base seja agravada”, esclarece Aguinaldo.
Viviane nunca havia tido dengue. Após seis dias de internação, sendo cinco deles no CTI, ela recebeu alta e pode reencontrar sua família e amigos.
Retorno ao hospital
Alguns dias após a alta, a ex-paciente voltou à unidade para agradecer à equipe que cuidou dela nesse momento tão delicado.

“Poder voltar aqui, de onde pensei que não sairia viva, e reencontrar os profissionais que cuidaram de mim, com muito carinho e dedicação, é algo inexplicável”, diz.
Viviane considera sua recuperação um milagre e, por isso, afirma ver a vida de uma forma diferente, com mais gratidão.
“Não precisamos de muito para viver. Hoje dou mais valor à simplicidade, pois estar viva já é algo extraordinário. Sou eternamente grata a este hospital”, revela.
Para ela, o acolhimento da equipe do CTI foi essencial na sua recuperação. ”Não foi só um atendimento de excelência, mas muito mais do que isso: recebi amor, carinho, cuidado. Todos estiveram ao meu lado, me apoiando, passando mensagens positivas, de incentivo. E isso foi algo que fez toda a diferença e vai muito além do trabalho deles”.
Referência
Referência estadual no atendimento às doenças infectocontagiosas, com expertise em crises epidêmicas, como covid-19 e febre amarela, o HEM é a unidade em Belo Horizonte que mais tem recebido pacientes com dengue encaminhados pelo município.

Foram abertos 20 leitos de enfermaria desde o início do ano. Hoje, a unidade contabiliza 104 leitos clínicos e dez leitos de terapia intensiva, sendo que 50% de sua ocupação total está destinada aos casos de arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
Só em 2024, o hospital já recebeu mais de 740 casos prováveis de dengue – 70 deles internados em UTI.

Motoristas das categorias C, D e E devem ficar atentos ao prazo para realização do exame toxicológico

GOB. MG.

Cerca 274 mil condutores registrados em Minas Gerais estão irregulares
O prazo para realização do exame toxicológico exigido para motoristas das categorias C, D e E, com vencimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entre julho e dezembro, termina no dia 30/4. Condutores dessas categorias com validade da CNH entre janeiro e junho tiveram prazo até o dia 30/3 para fazer o exame.
A Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET-MG), da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), alerta que os motoristas que ainda não realizaram o toxicológico devem solicitar a coleta em um laboratório credenciado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) para regularizar a situação. A não realização do exame dentro do período estabelecido é considerada infração gravíssima, sujeita a multa de R$ 1.467,35 e sete pontos na CNH.
De acordo com levantamento realizado pela Senatran, em 6 de abril, 3,4 milhões de motoristas das categorias C, D e E ainda não realizaram o exame toxicológico em todo território nacional. Em Minas Gerais, 274 mil condutores seguem com os exames pendentes.
A superintendente de Habilitação da CET-MG, Christiane Lazzarotti, reforça que o exame só pode ser utilizado por 90 dias, a partir da coleta da amostra. “Para quem tem a CNH vencendo até o final do ano, é importante ficar atento a esse período de 90 dias e já fazer a renovação de uma vez, para que ele não precise fazer outro exame na hora de renovar”, orienta.
Veja como verificar se o exame toxicológico está em dia:
• Baixe o aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT);
• Acesse a área do condutor da CDT;
• Clique no botão “Exame toxicológico”;
• Verifique se o prazo para realização está vencido;
• Em caso positivo, busque um dos laboratórios credenciados pela Senatran e faça a coleta para a realização do exame toxicológico.

Inscrições abertas para o curso “Conhecendo os Quilombos: personalidades, cultura e crenças”

Professores podem se inscrever até o dia 30/4; aulas começam no dia 15/5

GOV. MG

A Educação Quilombola desempenha um papel fundamental na preservação da cultura, no fortalecimento das comunidades e na promoção da igualdade social. Nesse contexto, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) criou o curso de capacitação “Conhecendo os Quilombos: personalidades, cultura e crenças”, com o objetivo de desenvolver propostas que contemplem a realidade da Modalidade de Educação Escolar Quilombola em Minas Gerais. As inscrições estão abertas até o dia 30/4, através deste link.
O curso gratuito, elaborado pela Coordenação de Educação Escolar Indígena, do Campo e Quilombola (CECIQ) e viabilizado pela plataforma da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores da SEE/MG, foi desenvolvido a partir de uma demanda das escolas estaduais quilombolas, apresentada na Comissão Permanente de Educação Escolar Quilombola (CPEQ), contando com a colaboração de lideranças, professores e equipe técnica da modalidade na SEE/MG para sua construção.
O curso integra uma série de capacitações realizadas desde o início de 2023, sendo o terceiro da trilha formativa voltada para a Educação Escolar Quilombola. O tema visa introduzir aspectos relacionados aos modos de articulação social e à organização da memória coletiva, através das tradições culturais, crenças, saberes, práticas e personalidades quilombolas associadas a elas.
Público-alvo
Destinado especialmente a professores que atuam em escolas quilombolas, a capacitação é aberta a todos interessados no tema. Com carga horária de 20 horas, o curso autoinstrucional, na modalidade EAD, será realizado em uma plataforma virtual com ambiente de aprendizado que oferece suporte e recursos didáticos, como vídeos, textos e links com referências sobre o tema abordado.
O curso não possui pré-requisitos, não sendo necessário ter completado os dois cursos anteriores para aproveitar plenamente este. Serão disponibilizadas 1 mil vagas, e a previsão de início para os participantes inscritos é dia 15 de maio.

Minas promove educação inclusiva nas 47 regionais de ensino do estado

Capacitação de profissionais e atividades inovadoras integram ações replicadas na capital e no interior

GOV. MG

Em Minas, a educação inclusiva integra políticas públicas da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), que conta com 47 unidades do Centro de Referência em Educação Especial Inclusiva (Crei).

O órgão capacita profissionais, facilita a inclusão de estudantes públicos da educação especial e oferece uma educação equitativa no estado.

Esses centros oferecem formações continuadas aos profissionais da rede estadual de ensino, buscando fornecer conhecimentos específicos para aqueles que lidam com estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Altas Habilidades/Superdotação matriculados nas escolas comuns da rede estadual.

Por meio desses órgãos, o Governo de Minas promove ações pela educação inclusiva no estado. São, aproximadamente, 1.480 salas de recursos multifuncionais para atender esse público.

“É fundamental investirmos na capacitação de toda a rede estadual de ensino, a fim de desenvolver estratégias eficazes e garantir um acompanhamento adequado no progresso de cada estudante da educação especial e inclusiva”, comenta a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica da SEE/MG, Kellen Silva Senra.

Além das capacitações, os Creis oferecem orientações às escolas para garantir um atendimento adequado aos estudantes públicos da educação especial, auxiliam na produção de materiais didáticos acessíveis, orientam sobre a construção de recursos de acessibilidade curricular e promovem ações ara eliminar barreiras atitudinais na comunidade escolar.

Atualmente, o Estado conta com um Crei em cada uma das 47 Superintendências Regional de Ensino (SRE), que trabalham em conjunto com os Centros de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e os Centros de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa com Surdez (CAS).

Ações de capacitação e inclusão

Durante todo o ano letivo, diversas iniciativas são implementadas para atender às necessidades dos estudantes públicos da educação especial, incluindo formações continuadas, reuniões de orientação, oficinas pedagógicas e diálogos com os profissionais.

Em Ituiutaba, a SRE, por meio do Serviço de Apoio à Inclusão e do Crei, promove uma série de atividades destinadas aos professores regentes, como reuniões, oficinas, palestras, lives e cursos, com o objetivo de prepará-los para um ambiente acolhedor e inclusivo.

“Esses encontros são momentos de trocas de experiência, de disseminação de informações e de preparação das equipes escolares realizarem um trabalho acolhedor, que prima pelas potencialidades dos nossos estudantes público da educação especial”, afirma a coordenadora do Crei Ituiutaba, Katiuce Araujo.

“Com essas ações, que ainda estão apenas no começo, visamos a melhoria da inclusão no nosso estado, favorecendo a aprendizagem dos estudantes públicos da educação especial”, completa a coordenadora.

Iniciativas

No Crei Pará de Minas, uma atividade inovadora de aprendizado da tabuada foi implementada, onde as linhas da tabuada são representadas em tiras de tecido e papelão grosso, organizadas de forma a criar uma grade.

Os estudantes são desafiados a cruzar as linhas correspondentes aos fatores da tabuada solicitada, como, por exemplo, 7×5, e contar os pontos de interseção na parte frontal do suporte, que revelam o resultado correto.

Essa abordagem envolvente e tátil permite aos estudantes identificar as interseções das linhas como os resultados da tabuada, transformando o aprendizado em uma experiência lúdica e desafiadora.

Uma outra ação significativa ocorreu nos dias 12 e 13/4, quando a Fundação Helena Antipoff (FHA) e a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), instituições vinculadas à SEE/MG, promoveram o 1º Colóquio em Educação Inclusiva com o tema “Os Desafios da Educação Inclusiva”.

O evento teve como objetivo discutir e refletir sobre os obstáculos enfrentados na busca por soluções e estratégias que garantam uma educação de qualidade para todos os estudantes.

Conscientização sobre o TEA

Na Semana de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), também celebrada em abril, as secretarias de Estado de Educação e de Casa Civil (SCC) visitaram a Escola Estadual Doutor Antônio Augusto Soares Canedo, em Belo Horizonte, com o objetivo de conhecer o trabalho pedagógico realizado na unidade em prol da inclusão dos estudantes autistas.

Além disso, foi realizada live com o tema ‘Diálogos Inclusivos: acessibilidade pedagógica como prática possível’.

O propósito era debater a importância do acolhimento adequado aos estudantes com TEA, com destaque para a necessidade do envolvimento de todos os atores presentes na comunidade escolar, bem como da acessibilidade pedagógica, que viabiliza o acesso dos estudantes com autismo ao currículo de forma equitativa.

Exportações do agronegócio mineiro batem novo recorde no primeiro trimestre de 2024

Resultados positivos são impulsionados por bom desempenho do café e recuperação de setores estratégicos
As exportações do agronegócio de Minas Gerais alcançaram um novo recorde no primeiro trimestre de 2024. O valor total das vendas internacionais do setor atingiu US$ 3,4 bilhões, representando um aumento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume total faturado foi de 3,3 milhões de toneladas, registrando um acréscimo de 4,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

GOV. MG

Esses resultados foram impulsionados pelo aumento da receita, do volume embarcado e do preço médio da tonelada comercializada no mercado internacional.
Destaca-se o desempenho do comércio exterior de café, tanto em grão quanto solúvel, responsável por 47,4% das transações internacionais do agro mineiro. Houve um incremento significativo de 23,2% no valor e de 27,8% no volume, totalizando US$ 1,6 bilhão e 7,6 milhões de sacas.
“Isso mostra que o cenário adverso do mês de dezembro de 2023, com chuvas esparsas e clima quente, recuperou-se logo em janeiro, quando as chuvas foram mais volumosas e a temperatura mais amena”, comenta o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Caio César Coimbra.
Os produtos agropecuários representaram 36% das vendas de Minas Gerais para o mundo. Os principais destinos das exportações mineiras de produtos agropecuários foram a China (US$ 794 milhões), os Estados Unidos (US$ 406 milhões), a Alemanha (US$ 270 milhões), a Bélgica (US$ 172 milhões) e a Itália (US$ 156 milhões).
Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Para os próximos meses, as perspectivas são otimistas, com previsão de avanço nas exportações de café, carne bovina e açúcar, além da recuperação do desempenho geral do preço das commodities em relação ao ano corrente.
Principais produtos
O complexo sucroalcooleiro, terceiro principal segmento da pauta exportadora do agro mineiro, contabilizou US$ 484 milhões e 950 mil toneladas, com expressivos acréscimos de 80,5% e 63%, na receita e na quantidade embarcada, respectivamente. O açúcar foi o item que puxou a alta, com o montante de US$ 466,5 milhões e 921 mil toneladas.
As carnes também tiveram um bom desempenho, com um total de US$ 313 milhões e cem mil toneladas exportadas, representando 9% das vendas do agronegócio. A carne bovina foi a mais destacada, com elevação de 18% no valor e de 30% no volume, totalizando US$ 226 milhões e 52 mil toneladas exportadas.
O complexo soja registrou quedas de 36,4% no valor e de 18% no volume, com vendas de US$ 556,5 milhões e 1,2 milhão de toneladas.

Equipe da Prefeitura conquista 88 medalhas no 2º Regional Triângulo de Natação

Futel foi representada na competição por 33 atletas e obteve 24 medalhas de ouro, 35 de prata e 29 de bronze

Divulgação/Futel

A equipe da Prefeitura de Uberlândia, que treina por meio da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), conquistou 88 medalhas (24 de ouro, 35 de prata e 29 de bronze) no 2º Regional Triângulo de Natação, realizado no fim de semana no Praia Clube. O resultado oficial foi divulgado nesta terça-feira (16) pela Federação Mineira de Natação.

A Futel foi representada por 33 crianças e adolescentes em categorias que vão de Pré-Mirim a Junior. “Os resultados são excelentes e evidenciam o quanto a nossa equipe tem se desenvolvido a cada competição. Além disso, vários atletas superaram as próprias marcas e alcançaram importantes índices em suas provas”, comemorou um dos treinadores da modalidade, o profissional de educação física da Futel, Gino Degane.

A Prefeitura de Uberlândia, por meio da Futel, encerrou 2023 com 2.430 alunos na natação (1.442 na iniciação esportiva, 40 nas equipes de competição, 847 na natação adulto e 101 na natação paralímpica), com aulas e treinamentos no Parque do Sabiá, UTC, Sesi Gravatás (espaço que integra o Sistema Fiemg e que está sob responsabilidade da Futel), Núcleo Viva Mansour, Poliesportivo Roosevelt e Parque Aquático “Deputado João Bittar Júnior”.

Ao longo do ano passado, as equipes de competição obtiveram resultados expressivos em todas as competições que disputaram, com destaque para as 264 medalhas conquistadas nas etapas regionais da Copa MG, sendo 99 de ouro, 91 de prata e 74 de bronze. Em 2024, no 1º Regional Triângulo de Natação, no mês passado, a Futel conquistou 38 medalhas, sendo 18 de ouro, 11 de prata e 9 de bronze.

Torneio Sudeste

A próxima competição da equipe será o Torneio Sudeste de Natação, que acontecerá no Praia Clube, nos dias 26 e 27 de abril, com a participação de competidores de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Minas lança plataforma para conectar oportunidades de negócios voltadas ao turismo

Ferramenta apresentada em feira internacional do setor, em São Paulo, aponta terrenos, imóveis, parques e municípios com potencial turístico e visa atrair investimentos, gerar renda e emprego para os mineiros

GOV. MG.

O Governo de Minas, por meio da Invest Minas – agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) – lançou na tarde desta terça-feira (16/4), na WTM Latin America 2024, em São Paulo, plataforma digital criada para facilitar a identificação de espaços com potencial para abrigar equipamentos turísticos no estado.

A ação contou com participação do vice-governador, Professor Mateus, o presidente da Invest Minas, João Paulo Braga e o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, entre outras autoridades.

A “Invest Minas Tur” será um facilitador para a atração de investimentos no setor, uma vez que possibilitará conexão direta dos investidores com potenciais parceiros.

O objetivo é dar visibilidade às diversas oportunidades existentes em Minas Gerais, por meio de uma vitrine na qual proprietários de imóveis e gestores municipais possam apresentar atrativos e, assim, ampliar as chances de obter recursos para a concretização de empreendimentos.

“Só tenho que parabenizar todas as equipes que fizeram parte desse trabalho. Não é à toa que Minas Gerais tem crescido no turismo. Isso é resultado de muito trabalho. Por isso, parabenizo o Invest Minas por mais esse feito”, destacou o vice-governador.

Professor Mateus também reforçou o potencial de desenvolvimento do turismo em Minas, por meio de incentivadores como a agência de investimentos.

“A gente fica muito feliz com cada iniciativa, mas em algumas áreas precisamos de grandes investimentos. Esses grandes investimentos estruturantes, com a atração de grandes players do trade internacional, passam pela Invest Minas”.

Parcerias

O projeto foi desenvolvido em conjunto, ainda, pelas secretarias de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), tendo como parceiros a Codemge, o Sebrae Minas e a Fecomércio, que vão auxiliar na divulgação da plataforma no interior do estado e na busca por oportunidades de negócios em toda Minas Gerais.

“A ‘Invest Minas Tur’, ao conectar investidores e potenciais parceiros, irá propiciar o surgimento de novos negócios, fazendo com que o turismo siga sendo esse grande gerador de empregos, renda e desenvolvimento econômico em Minas Gerais”, destacou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.

Números

Desde 2022, o Governo de Minas, por meio da Invest Minas, tem trabalhado de forma ativa na atração de investimentos para o turismo no estado, alcançando a marca de R$ 3,7 bilhões atraídos no período, e mais de 20 mil empregos gerados.

A plataforma “Invest Minas Tur” foi desenvolvida completamente in house, ou seja, com a própria equipe de TI da Agência, que buscou uma solução digital para apresentar os produtos de maneira mais eficiente, compondo um portfólio vivo das potencialidades turísticas.

“Nossa intenção é que este seja um projeto piloto para que possamos fazer o mesmo com outros setores da economia e, assim, promover o desenvolvimento de uma forma ampla e dinâmica”, destaca o presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

Como funciona

O sistema será autogerido pelos usuários, que poderão fazer buscas ou cadastrar as suas oportunidades, como terrenos e imóveis públicos ou privados, diretamente na plataforma.

“A ferramenta irá permitir direcionar melhor as oportunidades, gerando valor para o turismo e renda para as comunidades”, explicou a assessora estratégica para a Economia do Turismo da Invest Minas, Anamélia Tagliaferri.

A plataforma permite fazer a busca utilizando diversos filtros, como por tipo de oportunidade (terrenos, prédios, parques, turismo rural, de natureza, de saúde, etc), tipo de operação (venda, cessão, doação, etc) e situação (se está em funcionamento, em fase de projeto, desativado, etc).

Além disso, disponibiliza um mapa com os municípios destacados, a fim de estimular a vocação local para o turismo.

Exporta Minas

Outro anúncio feito pelo Estado na feira é o Exporta Minas. Desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o objetivo é diversificar as exportações dos produtos mineiros, em especial, aqueles que compõem a cozinha mineira.

“Precisamos lembrar que para isso a produção deve ser certificada. Precisamos estar aptos a exportar, não é simplesmente incentivar. Temos que nos preparar, nos capacitar, fazer com que o pequeno se torne médio, que o médio ganhe uma estrutura, mas não perca o artesanal. Todas essas riquezas gastronômicas que estamos vendo aqui estarão nos próximos anos disponíveis em outros países”, disse o vice-presidente da Codemge, Leonardo Bortoletto.

O ExportaMinas é inspirado no modelo francês de difusão da cultura alimentar pelo mundo. Em um primeiro momento, o programa pretende estruturar serviços de assessoria técnica aos produtores locais e instalar “casas da gastronomia mineira” nos principais mercados mundiais, como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio.

A meta em cinco anos é habilitar para exportação os principais produtos da gastronomia mineira com utilização do “Selo Verde”.

No programa, quatro passos serão importantes para viabilizar a exportação de produtos típicos mineiros.

Primeiramente, será preciso identificar os produtores com afinidade com o projeto. Depois, serão construídas parcerias para tratar os entraves já identificados. O terceiro passo será a elaboração do projeto-piloto, franquias de Minas no mundo e, por último, a replicação do projeto para outros produtores mineiros e setores da economia.

Representação da gastronomia mineira

Durante a participação na feira, Professor Mateus comandou o Cozinha Viva, com o prato “risoto uai”, costelinha ao molho de goiabada defumada.

No estande de Minas no evento, a cozinha mineira está sendo apresentada por time 100% feminino. São três chefs mineiras cozinhando delícias típicas do estado, levando toda a mineiridade para São Paulo. Elas ajudaram o vice-governador a fazer a receita, servida para os visitantes.

“A cozinha mineira é central, não é à toa que os nossos estandes têm a cozinha no centro. Também não é à toa que nós estamos sempre falando da cozinha mineira. A cozinha é um traço da nossa identidade mineira. Tudo que ocorreu aqui hoje foi uma coisa encantadora. Ter a oportunidade de cozinhar do lado da Val, do lado de dona Marlene, da Lia, da Pri, que são pessoas que põem carinho, coração no que estão fazendo”, declarou Professor Mateus.

Galeria de imagens disponível na Agência Minas:
https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/minas-lanca-plataforma-para-conectar-oportunidades-de-negocios-voltadas-ao-turismo

 

Governo de Minas inicia missão na Bélgica com anúncio de R$ 75 milhões de investimentos para Matozinhos

GOV. MG.

Multinacional do setor mineral fará investimento com foco em descarbonização e vai gerar 150 empregos
A comitiva do Governo de Minas, comandada pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Fernando Passalio, se reuniu nesta quinta-feira (18/4), em Limelette, na Bélgica, com executivos da empresa Lhoist, maior produtora de cal do mundo.
Durante o encontro, a empresa anunciou os novos investimentos privados de R$ 75 milhões para Minas, na construção de uma nova planta de moagem de combustível na cidade de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A expectativa é de gerar pelo menos 150 empregos, com prazo para conclusão das obras em novembro de 2025.
Será a segunda planta da empresa na cidade. Somente nos últimos cinco anos, a Lhoist já investiu mais de R$ 470 milhões em Minas Gerais, com cinco plantas já instaladas, nos municípios de Matozinhos, São José da Lapa, Arcos, Limeira e Doresópolis, gerando cerca de 1.160 empregos diretos.
“A instalação da nova planta possibilitará a operação com 100% de biomassa, reduzindo assim a emissão de CO² e favorecendo o processo de descarbonização do estado”, destaca, Fernando Passalio, que esteve acompanhado na comitiva mineira de João Paulo Braga, presidente da Invest Minas, agência vinculada à Sede-MG, e pelo diretor de Atração de Investimentos da agência, Leandro Andrade.
A Lhoist em Minas
O Grupo Lhoist é um grupo familiar de origem belga com mais de 135 anos de história e presente em Minas Gerais desde 2004. Possui mais de 120 fábricas no mundo, sendo nove no Brasil. Das cinco localizadas em Minas Gerais, está a segunda maior fábrica do grupo, instalada em Arcos. O escritório central está instalado em Belo Horizonte, sendo representado no Brasil pelas empresas Mineração Belocal e Lhoist do Brasil, que geram, atualmente, mais de mil empregos diretos e indiretos no estado.
A cal virgem, CaO (óxido de cálcio), tem uma ampla gama de aplicações, como na agricultura, produção de aço, papel e celulose, tratamento de água e gases, construção civil e na indústria de não ferrosos (como na de lítio, alumina e cobre, por exemplo).

Prefeitura inicia hoje (17) seminários sobre saúde e segurança do trabalhador no mês de conscientização e prevenção de acidentes

Evento do ‘Abril Verde ’é realizado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o MPT; inscrições para evento desta quarta estão abertas e devem ser feitas internet

Divulgação

A Prefeitura de Uberlândia vai promover, nesta quarta (17) e quinta-feira (18), seminários sobre a saúde e segurança do trabalhador. A iniciativa reforça o compromisso da gestão municipal de promover o bem-estar e a qualidade de vida dos trabalhadores. A ação, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), faz parte da edição 2024 do Abril Verde, mês de conscientização e prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
As atividades nos dois dias do evento, que também conta com o apoio da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) e do Sistema Único de Saúde (SUS), acontecerão no Auditório Cícero Diniz, no Centro Administrativo Municipal. Para o seminário desta quarta (17), intitulado “Adoecimento, também é acidente de trabalho”, as inscrições estão abertas, devendo ser feitas internet. (Clique aqui)
No seminário deste primeiro dia, a abertura será feita pelo procurador do Trabalho (MPT), Eliaquim Queiroz, às 13h30. Em seguida, às 14h, a autoridade sanitária do Cerest Regional de Uberlândia, Ricardo Vilar Castello, fará uma apresentação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador. Na sequência, às 14h30, o engenheiro civil e de segurança do trabalho Josafa Costa Santos Junior, que é auditor fiscal do Trabalho (MTE), fará uma palestra sobre saúde e segurança do trabalhador na construção civil – abordagem da inspeção do trabalho.
Ainda durante o evento desta quarta-feira, o 1º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Rodrigo Gonçalves Mourão fará uma palestra sobre o panorama das ocorrências de acidente de trabalho atendidas pelo Corpo de Bombeiros.
Na quinta-feira, o seminário também terá uma série de palestras. A partir das 13h30, com abertura realizada pelo secretário municipal de Saúde, Adenilson Lima, o evento terá conteúdos sobre o Cerest Regional de Uberlândia e a Superintendência Regional de Saúde (SRS), além das palestras “Relações entre o Assédio Moral no Trabalho e o Adoecimento Mental”, “Cuidando da Saúde Mental do Trabalhador” e “Cuidando de quem cuida: Experiências e Impactos Positivos em Saúde Mental para Profissionais da Saúde”.
Podem participar do evento integrantes do MPT, do Corpo de Bombeiros, do Sistema Integrado de Atendimento a Trauma e Emergência (Siate), da Atenção Primária, do Conselho Municipal de Saúde, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), dos hospitais privados de Uberlândia, sindicatos e representantes do Cerest dos 29 municípios de sua área de abrangência (Triângulo Norte).

Programação deste dia 17:

13h – Credenciamento
13h30 – Abertura com o procurador do Trabalho (MPT) Eliaquim Queiroz
14h – Apresentação do Cerest Regional de Uberlândia (com a autoridade sanitária do Cerest Regional de Uberlândia, Ricardo Vilar Castello)
14h30 – Palestra sobre saúde e segurança do trabalhador na construção civil (com o engenheiro civil e de segurança do trabalho Josafa Costa Santos Junior, que é auditor fiscal do Trabalho (MTE)
15h50 – Palestra sobre o panorama das ocorrências de acidente de trabalho atendidas pelo Corpo de Bombeiros (com o 1º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Rodrigo Gonçalves Mourão)
16h20 – Palestra sobre o Ministério Público do Trabalho (com o procurador do Trabalho Eliaquim Queiroz)

Serviço
O quê: Abril Verde – “Adoecimento também é acidente do trabalho”
Data: 17 de abril de 2024
Horário: 13h
Local: Auditório Cícero Diniz – Centro Administrativo Virgílio Galassi (avenida Anselmo
Alves dos Santos, 600 – Santa Mônica, Uberlândia-MG)

Central que salva vidas: Saúde promove, por meio do fluxo regulatório, acesso da população à rede assistencial de urgência e emergência

Trabalho das centrais de regulação tem papel crucial na busca de leitos e transferências para que mineiros sejam socorridos de forma adequada e ágil

GOV. MG

Aguardar por um leito para a realização de procedimentos de urgência e emergência é uma realidade para milhares de pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, foram realizadas mais de 1,3 milhão de solicitações de internações em Minas Gerais. Nos últimos 10 anos, este número ultrapassou 12 milhões de pedidos. As solicitações de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no ano passado somaram 79.143, e o acumulado dos últimos 10 anos foi de 658.823 pedidos.
Para organizar toda essa demanda, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) coordena a regulação de leitos para que os pacientes sejam cadastrados, avaliados e transferidos para o atendimento especializado ou para a realização de procedimentos na rede assistencial, em tempo oportuno, seguindo protocolos e classificações de risco.
Leidemar Aparecida Duarte Costa, moradora de Serra do Salitre, na região Noroeste do estado, foi uma das milhares de mineiras atendidas por esse ecosistema. Com 29 semanas de gestação, sua bolsa rompeu, e com um bebê prematuro, as equipes de saúde precisaram se organizar para salvar a vida do pequeno Otávio.
“Logo que nasceu, ele precisou ser entubado. O estado de saúde era complicado porque ele também teve anemia e infecção e ficou 22 dias ligado aos aparelhos. Depois, ele passou uma semana em observação, mas precisou fazer uma traqueostomia, foi entubado novamente e já ficamos esperando a transferência. Aguardamos por menos de duas semanas e conseguimos a vaga na Santa Casa BH”, lembra a mãe. O transporte para a capital mineira foi feito pelo Saav, que é fruto da parceria entre a SES-MG, o CBMMG, o Comave e o Samu, por meio dos Consórcios Regionais de Saúde.
Depois de 57 dias de internação, mãe e filho receberam a tão esperada alta médica em 12/3 e voltaram para casa com uma ambulância enviada pelo município. “Eu dou nota 10 para o processo de transferência e para o atendimento que recebemos desde o início. Agora que ele já está melhor e se recuperando em casa”, comemorou.
Regulação de leitos em Minas
A Portaria de Regulação do Ministério da Saúde foi publicada em 2008, mas o processo regulatório do acesso em Minas Gerais se iniciou em 2003.
No estado, o SUSfácilMG é a ferramenta utilizada para cadastro e acompanhamento da evolução dos pacientes e todas as informações pertinentes aos casos são compartilhadas via sistema informatizado. Nas centrais de regulação, sejam elas estaduais ou municipais, médicos e operadores trabalham para garantir o acesso do paciente à rede, baseados, sobretudo, no princípio da equidade.
De acordo com a superintendente de Regulação do Acesso da SES-MG, Daniela Domingues, a política de regulação de Minas surgiu da necessidade de ampliação de acesso do usuário de forma equânime e da importância de priorizar casos graves.
“Antigamente, as pessoas eram encaminhadas pelos médicos ou por políticos e nem sempre o indivíduo tinha os critérios clínicos e nem era feito classificação de riscos para conseguir a transferência. A regulação veio com o princípio da equidade e universalidade para permitir o acesso a todos os usuários do SUS, que têm o mesmo direito e a mesma oportunidade de conseguir a vaga”, conta.
O fluxo da regulação começa quando o estabelecimento de urgência e emergência, como uma UPA, estabiliza o paciente com risco de morte, cadastra a solicitação de internação ou transferência no SUSfácilMG e preenche todas as informações sobre o caso, para que sejam buscados leitos em outras unidades hospitalares que tenham a infraestrutura necessária.
Centrais de Regulação
O estado possui 13 Centrais Regionais de Regulação Assistencial, que contam com médicos reguladores, operadores e coordenadores macrorregionais. Também há quatro centrais municipais localizadas em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia. As centrais funcionam 24 horas por dia e sete dias na semana, para buscar a vaga adequada e o recurso assistencial necessário. No nível central da SES-MG, há uma Coordenação Estadual de Regulação Assistencial composto por quatro coordenadores, que têm responsabilidade pela gestão técnica de todas as centrais e monitoram os processos de trabalho.
Maria Ângela Monteiro é médica reguladora da Central de Regulação da Macrorregião de Belo Horizonte e ressalta que o papel das centrais é crucial e depende diretamente do trabalho feito pela equipe médica da assistência, que está à beira leito.
“Os hospitais municipais, UPA, ou policlínicas são chamados de ‘origem’. Eles fazem a solicitação de internação pelo SUSfácilMG, e esse cadastro simboliza um paciente que está numa maca, aguardando pela transferência. O médico regulador vai avaliar o laudo por meio de critérios clínicos e, por isso, as informações devem ser preenchidas de forma completa, explicitando a patologia, a real necessidade que o caso exige, resultados de exames, medicamentos administrados e qual é a distância que ele se encontra dos hospitais de alta complexidade. Iniciamos as buscas com base nessas informações, tanto para leitos de enfermaria, quanto de CTI e avaliamos os hospitais mais adequados, com a maior agilidade possível”, pontua.
A médica, que desempenha a função há 16 anos, explica que quando faltam informações, o médico regulador pode inserir perguntas ou solicitar esclarecimentos, via sistema, de modo a colher mais dados e realizar uma busca mais assertiva. “Tudo que for citado no laudo deve ser detalhado, para que sejam definidos os pacientes de gravidade habitual, intermediária ou de maior gravidade. Por exemplo, se temos uma pessoa com insuficiência renal, preciso procurar um hospital que tenha condições de realizar hemodiálise. A busca é feita de forma ampliada em toda a rede de referência de hospitais da macrorregião e é importante separar pacientes cardiológicos ou neurológicos, portanto, inserir o detalhamento é fundamental”, enfatiza Maria Ângela Monteiro.
Em um plantão de 24 horas da Central de Regulação da Macrorregião de Belo Horizonte, são regulados cerca de mil laudos por dia. Quando as informações são detalhadas, o tempo de espera do paciente tende a ser menor e os pedidos de transferência hospitalar precisam ser alimentados, pelo menos, a cada 12 horas, com a evolução do caso. Cada processo de entrada e saída do laudo na tela para a inserção de informações adicionais pode demorar duas, quatro horas ou mais, porque uma parte burocrática não foi realizada da forma correta e esse é um tempo grande que não pode ser perdido na busca de vaga.
Maria Ângela Monteiro destaca que o trabalho de cada profissional da regulação existe para permitir que o paciente tenha acesso à assistência que necessita. “Muitas estratégias são elaboradas para que o processo seja frutífero e trabalhamos todos os dias para que, ao sair do plantão, tenhamos liberado o maior número de vagas possível”.
Ação conjunta
Daniela Domingues lembra que durante o período crítico da pandemia, em que muitas pessoas precisavam de leitos de internação de urgência e emergência, o trabalho das centrais de regulação foi colocado em evidência. “Minas foi um dos estados mais bem-sucedidos no combate à pandemia e na operacionalização da internação e transferência dos pacientes, devido à Política de Regulação do Acesso do estado. As internações e transferências foram agilizadas por meio da atuação das centrais e esse foi um trabalho em equipe que englobou o Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros (BOA), o Suporte Aéreo Avançado de Vida (Saav), o Comando de Aviação do Estado (Comave) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com as transferências terrestres, ou seja, todos se uniram para salvar vidas”, afirma.
A partir deste ano, o Samu passa a funcionar de forma integrada com a central de regulação e a expectativa da SES-MG é de otimização dos processos e mais agilidade nos atendimentos.
Otimização dos processos
A SES-MG está desenvolvendo o projeto estratégico Regulação 4.0, que tem como principal desafio transformar e otimizar os processos do Sistema Estadual de Regulação Assistencial por meio da substituição do SUSfácil por uma ferramenta mais moderna e adequada às necessidades do SUS-MG, utilizando a tecnologia da inteligência artificial (IA).
O projeto possui quatro frentes de trabalho: “Nova Ferramenta Estadual de Regulação Assistencial”; “Observatório da Demanda por Acesso à Assistência”; “Reestruturação do Modelo de Governança e Operações do Sistema Estadual de Regulação Assistencial” e “Fortalecimento da Regulação Assistencial”.