Marília Alves Cunha – Educadora e escritora – Uberlândia – MG
Dandara Tomatzin, deputada federal por Uberlândia, disse numa entrevista recente que será candidata à Prefeitura Municipal. Nada posso dizer sobre suas ações e seu trabalho como deputada federal, pois desconheço as realizações da mesma e seria inescrupuloso de minha parte inferir sobre o assunto. Acredito que, durante a campanha, ela terá bastante oportunidade de demonstrar isto.
A pré-candidata atribui o seu “fenômeno” como política à carência de novas lideranças que apresentem propostas e ideias para Uberlândia e Minas Gerais. Ela terá também, durante a campanha, a oportunidade de apresentar seu trabalho, suas ideias e propostas neste país tão carente e necessitado delas. Tão necessitado de políticos que queiram realmente trabalhar duramente em prol de nossas cidades e de nosso país. Pelo que expôs a pré-candidata entrevistada, seus padrinhos políticos nesta nova jornada são o presidente Lula e Gleisi Hoffman.
Um dos problemas que Dandara acredita poderá acontecer é a polarização que se estabelece hoje no Brasil. Esta polarização infelizmente existe, não foi inventada pela direita. É um fato político que acontece quando dois polos fortes ideologicamente se confrontam e de uma certa maneira apagam o que há além deles. Fala também em rebaixamento do nível e ataques com Fake News por parte da ”extrema direita”. E o que são Fake News? São noticias com informações ou dados inventados para alterar a interpretação e opinião das pessoas sobre determinados assuntos. A expressão significa noticias falsas e nós a substituímos, na nossa eterna mania anglicista de colocar nomes estrangeiros nas nossas coisas, no nosso vocabulário. E noticias falsas não são definitivamente exclusividade da direita. A esquerda e a extrema esquerda são mestras em manejar com esta realidade, mestres em criar Fake News e narrativas e já provaram isto de sobejo, muitas vezes.
O que nós queremos para a campanha eleitoral de 2024? O que queremos de candidatos a prefeito e vereador? Que façam uma campanha limpa, bonita, prazerosa de se acompanhar. Que floresçam ideias, que brotem soluções plausíveis de serem realizadas, que haja construção e não perseguição e destruição. Que haja respeito entre os contendores, pois uma eleição é uma luta democrática de convencimento e vontade de impor-se (pelas ideias e não pela força) e sair vencedor. Se o início de campanha já vem eivada de críticas aos opositores, já vem sinalizando empurrões, pontapés e xingamento, o eleitor sairá perdendo, a cidade sairá perdendo. E nada brotará daí, apenas mais uma campanha pobre, hipócrita, sem lucidez, sem nenhum lampejo de luz a indicar melhores caminhos para o nosso povo.