Ivan Santos – Jornalista
Não está fácil entender a política de relações com o mundo desenvolvida neste momento pelo presidente do Brasil, Lula da Silva. Ao se posicionar com disposição de conversar com todos os lados para promover o fim da Guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente do Brasil caminha em direção a uma posição isolada no mundo atual. A aparente independência política do Brasil aponto para um isolamento completo e arriscado. O Brasil nada ganha se se aproximar da Rússia e pode perder muito se se afastar dos Estados Unidos.
O presidente Lula posiciona-se como um ator político interessado em aparecer como ator ativo na cena internacional, ao contrário do seu antecessor que se afastou das relações com o resto do mundo. Lula caminha numa estrada perigosa e cheia de pedras. Votou ao lado dos americanos numa resolução da ONU que condenou os russos contra a Ucrânia e votou ao lado da Rússia numa resolução no Conselho de Segurança pedindo uma investigação sobre a explosão do gasoduto no mar do Norte. Posição ambígua que não poderá, por muito tempo, continuar indefinida.
Lula pretende assumir uma posição de interlocutor independente na contenda entre Ocidente e Rússia na guerra da Ucrânia. É uma visão muito alta para o dirigente Brasileiro, mas se Lula conseguir manter a neutralidade do Brasil na disputa internacional poderá sair bonito no filme, mas se errar um passo poderá cair num abismo perigoso de onde não será fácil sair.
Antes de cuidar de uma política externa o presidente Lula precisa criar e fortalecer uma base de apoio no Congresso. A formação de blocos independentes para negociar com o Governo não é bom para Lula. A partir desde semana o chefe do Governo precisa montar uma sólida base de apoio no Congresso porá poder governar com mais segurança. Tem muita a gente querendo se aproximar do Governo e espera para conhece as regras do jogo. Lula conhece o filme e as regras do poder no Brasil.