Cesar Vanucci

“Não sinto necessidade de nenhuma outra fé senão aminha, na bondade do ser humano”
(Pearl S. Buck, escritora, Prêmio Nobel, 1938)

Atuar sob o signo da solidariedade significa viver a crença de que a opção, nas decisões politicas e administrativas, deve ser prioritariamente pelo social.
O aspecto econômico na atividade humana é muito importante.
A estruturação de uma economia pujante, amparada em organizações prosperas e lucrativas, é fundamental. Mas, a economia não deve nem pode ser vista como um fim em si mesma. Ela é meio, nobre e respeitável, para se atingir um fim.
Um fim social. Sempre.
Toda construção da vida há que estar voltada para o homem.
O homem é o princípio, meio e o fim nos eventos, nas ações, nas iniciativas da sociedade. A economia, numa visão holística, nunca vai bem, se o povo não vai bem. Cita-se muito, em alguns conceitos não bem digeridos de teorias econômicas supostamente vanguardeiras, a tal contramão da história.

A contramão da história existe, sim, quando um país perde a noção da importância de seus valores genuínos e passa a se iludir e iludir os outros com posturas equivocadamente modernistas, esquecendo a essência do processo de desenvolvimento, que é o bem-estar do homem. Estabelecer prioridades é preciso. O homem seja adulto ou menor, velho ou moço, negro ou branco, tem que ser colocado antes e acima de tudo mais. Ele não existe em função de programas e empreendimento. Os programas e empreendimentos é que são criados em função do homem.

Esta linha de considerações evoca, naturalmente a pratica da solidariedade social.

A solidariedade social, consola e constrói. Refaz as energias do corpo e da alma dos que optam por vivencia-la em seus afazeres. Ajuda a compreender o verdadeiro sentido da vida e seu arcano. Que consiste, como quer o poeta, na aspiração de ser divino no prazer de ser humano.
Estado de Direito, sempre!
Quem tem olhos para enxergar, ouvidos para escutar, bom senso para agir está, a esta altura, suficientemente compenetrado daquilo que representa, neste preciso momento da vida brasileira, a menos de dois meses das eleições presidenciais, questão prioritária nas cogitações políticas da sociedade. O fortalecimento da democracia é a palavra-chave, palavra de ordem. Objetivo primordial das arregimentações populares, implicando em reuniões, assembleias, encontros, manifestos, cartas abertas, que se vêm processando, país afora como saudável reação cívica da cidadania, inconformada diante “do negativismo eleitoral” solto na praça por obra de grupos fundamentalistas.
As concorridas manifestações do dia 11 de agosto, em diferentes capitais, com realce para são Paulo, onde foram lidas as “Cartas pela Democracia”, elaboradas pela faculdade de direito da USP e FIESP (federação das industrias de São Paulo), constituíram amostra pujante do sentimento democrático que povoa nossos lares e ruas. Os milhões de signatários dos documentos lidos não são adeptos de uma única tendência política, ou ideológica. Abarcam todas as tendências políticas e ideológicas. São pessoas, na maior parte, sem qualquer militância partidária, que experimentam divergências quanto a candidaturas. O que as amalgamo na decisão tomada de participação nos manifestos pro democracia foi a indisfarçável ofensiva contra as liberdades públicas, a livre expressão das ideias e o sistema eleitoral, deflagrada por forças obscurantistas.
” Orçamento secreto”
A lei orçamentaria para 2023 já está aprovada pelo Congresso e sancionada pelo Poder Executivo. Com o “Orçamento secreto’ essa excrescência jurídica que, obviamente, ainda vai dar muito pano pra manga…

* Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)