João Batista Domingues Filho – Cientista Político
Tempos de incertezas e aleatoriedade geram desilusões sem fim com as possibilidades do desenvolvimento socioeconômico no “Brasil tropical abençoado por Deus”. Desigualdades excruciantes em todas as vivências dos brasileiros, depois de 350 anos de escravidão. Fatos que as elites socioeconômicas, sadicamente, ignoram cinicamente: aumento da violência, de criminalidade ubíqua no território brasileiro e as desigualdades, por consequência lógicas, da governança pública na federação, municípios, estados e união. Realidade irrefutável, única saída para a democracia eleitoral de sucesso: construção institucional da socialdemocracia: equilíbrio resultante entre o valor da autonomia individual (mercado) e o da solidariedade e da responsabilidade.
Democracia eleitoral elegendo em 2022 a autoridade com a incumbência legal da governança pública através da Presidência da República Federativa do Brasil. Justiça eleitoral é meio constitucional para empossar o eleito presidente por soberania do voto dos cidadãos-contribuintes: sozinhos, em ato secreto livremente, exercendo a cidadania eleitoral votando nas urnas eletrônicas.
Realidade política macabra: os atributos repugnantes dos dois candidatos à Presidência do Brasil conquistam, eficazmente, mentes e corações da maioria dos eleitores-contribuintes, exclusivamente, com seus estigmas negativos: um é machista, racista, homofóbico, vulgar, violento, apoiador de ditadura e admirador de torturadores; outro é corrupto, comunista, presidiário, mensaleiro, aloprado e chefe do petrolão. Na Terra do Nosso Senhor e bonita por natureza, o debate público eleitoral tatua mentes e corações com esse padrão de marketing eleitoral.
Brasil no mundo em crises múltiplas: efeitos nefastos da pandemia do coronavírus, os impactos assustadores das mudanças climáticas e poluição. Seres humanos na Terra assistem bestializados em choque, imobilizados por terem a mínima ideia do que fazer. As novas tecnologias mudam, corriqueiramente, o significado do que é o ser humano: é a concreta desumanização criada pelos avanços tecnológicos.
Mundo calidoscópio: ser humano XX e XY vivenciando no presente a própria realidade como alucinação controlada. A consciência “de tudo” é delírio: a percepção descontrolada. Apesar dos pesares, o Brasil não possui uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico para seu futuro próximo.
Disse tudo , de uma maneira de fácil compreensão dos atos e fatos do que está acontecendo na ” terra Brasilis “, nesse mundo político almejando cada vez mais as vaidades e ganâncias políticas pelo poder.
O povo, como sempre em segundo plano, a não ser nos tempos de eleições.
O artigo retrada a realidade. Brilhante!
Nós! Pobres mortais temos que votar no menos pior! Não temos partido, que nos representa! Temos só indivíduos, que nos temos que votar nele ( ou por ser bonito ou feio, etc)! Não representa (pardido) ! E foi sempre assim! Desde que eu me conheço por gente! Daí a obrigatoriedade do voto!
Exercício de sintese de um quadro bastante complexo. Valeu. Texto instigante, bom.