Ivan Santos – Jornalista
É impressionante a campanha movida pelo Capitão Mito Bolsonaro contra as urnas eletrônicas de votação e contra o Sistema Eleitoral Brasileiro. O Capitão Mito que preside da República do Brasil critica o Superior Tribunal Eleitoral porque este não modifica o Sistema Eletrônico de Votação. O Mito não diz que o modelo eleitoral brasileiro foi aprovado pelo Congresso Nacional e não pelo STF.
No ano passado o Mito apoiou o projeto de uma parlamentar bolsonarista que propôs ao Congresso a criação de votação por cédula de papel para conferir a votação. A proposta foi rejeitada e o Congresso manteve o atual modelo com urnas eletrônicas.
Não é preciso lembrar que o Brasil é uma república democrática e que aqui, decisão do Congresso precisa ser respeitada por gregos, troianos e baianos. E o presidente da República, ao assumir o cargo jurou respeitar a Constituição e o regime democrático.
É lamentável ter que ouvir numa semana e na outra também, o presidente lançar suspeitas e críticas sem fundamento contra o modelo eleitoral em vigor no País há mais de um quarto de século. Ao lançar descrédito às urnas eletrônicas o Capitão Mito desrespeita o Congresso que as aprovou e lança desconfiança na democracia brasileira.
As manifestações do Capitão contra a Justiça Eleitoral e contra ministros do Supremo Tribunal Federal são graves e preocupantes. Pior ainda é a insistência do ilustre Capitão em falar sobre um assunto que já está a cansar todos os viventes humanos do Brasil. Sua Excelência dá a entender que as próximas eleições só serão válidas se ele foi o vencedor. Se qualquer outro candidato tiver mais voos do que ele a eleição será considerada uma fraude. Isto é besteirol, senhoras e senhores do Conselho da República. Besteirol ilimitado!
O parlamentar bolsonarista não propôs ao Congresso a criação de votação por cédula de papel, como era feita antigamente. Ele simplesmentte propôs que as urnas fossem auditáveis, num processo muito simples e que evitaria toda a celeuma que se criou em torno do assunto. O Congresso Nacional apenas comprou a ideia do Sr.Barroso que, não sei porque cargas dágua, se intrometeu no assunto, fazendo lobby acirrado em favor de urnas eletrônicas não auditáveis, jurando por Deus e todos os santos que as urnas brasileiras são inexpugnáveis… Só as brasileiras. No resto do mundo não são…
Se o Presidente Capitão Mito tivesse fazendo campanha a favor da não transparência, da não contagem pública dos votos, do desrespeito pelo voto dos cidadãos eu, sinceramente, já teria pulado do barco há muito tempo…mas é exatamente o oposto!