Ivan Santos – Jornalista

Como a presidenta Dilma Rousseff cometeu uma trapalhada monumental com a redução das tarifas de energia elétrica para seduzir eleitores e ganhar a eleição em 2014, o Capitão Mito Bolsonaro fez com a redução do ICMS – um imposto estadual – para reduzir o preço da gasolina e com a mesma finalidade: encantar eleitores da classe média para ganhar votos.
A redução da tarifa de energia aprovada pelo governo da Senhora Dilma custou caro aos consumidores que tiveram que pagar a conta através do encarecimento da “conta da luz”. As distribuidoras também enfrentaram grandes dificuldades e não puderam fazer os investimentos necessários no tempo certo para melhorar os serviços em benefício dos consumidores. Foi um erro administrativo provocado por bravata politiqueira irresponsável.
Neste ano, por influência do Mito que governa a República do Brasil o Congresso aprovou redução na cobrança do ICMS incidente sobre a comercialização de derivados de petróleo. O ICMS é um imposto estadual. Essa jogada eleitoreira provocou um rombo monumental no orçamento dos Estados. Alguns entes federados já ganharam liminares do Supremo para compensar a perda de arrecadação com a redução do ICMS com abatimento das parcelas da dívida do Estado com a União. Confusão real.
A redução do ICMS para baratear o preço da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha vai gerar uma confusão para os Estados e para a contabilidade da União. Ninguém tem mais dívida porque alguém vai ter que pagar a conta da bondade. Se o petróleo sobe no mercado internacional alguém vai ter que pagar a conta da “bondade” oferecida aos consumidores.
Não precisa ser economista para ver que o futuro presidente da República- seja ele quem for – vai pegar um país com as contas públicas desequilibradas e com um rombo para cobrir. Como dinheiro não cai do céu, os contribuintes de impostos podem preparar o lombo porque é do couro que sairão as correias. O ano de 2023 poderá ser amargo para todos os que vivem no Brasil, principalmente os assalariados.