Marília Alves Cunha*

Mais uma decisão interessante aconteceu no STF, onde tantas coisas interessantes já aconteceram nos últimos tempos. Decidiu a Alta Corte que os votos apresentados por ministros em julgamento virtual continuarão valendo, se o caso for levado para análise do plenário físico, após a aposentadoria desses ministros. Até hoje nenhum voto era preservado, nem mesmo o do relator, tudo começava do zero. A entrada de dois novos ministros, indicados por Bolsonaro muda este entendimento. Foi decidido que os novos ministros não poderão votar nos processos em que os ex-ministros já apresentaram seu posicionamento.

Mais uma demonstração clara que, cada vez mais, a política interfere negativamente no órgão judiciário supremo do país. A paz (sic) não pode ser quebrada. Os que agirem com independência, baseados nos autos, atendendo unicamente aos aspectos legais das questões estão sujeitos a serem barrados no baile…

Outra que possivelmente d’ora em diante (por motivos bem diferentes, é claro) poderá ser barrada nos bailes do Brasil é a pisoteadora Isabel Gilberto de Oliveira, mais conhecida pela apelido fofo de Bebel… Mora nos EEUU, onde nasceu e reside. Não é uma adolescente impulsiva, mas sim uma senhora de 56 anos, apesar de vestir-se como uma colegial, ter um apelido fofo (como eu disse) e ter atitudes prosaicas e birrentas como pisotear a bandeira do Brasil, símbolo de uma nação. Pisoteou uma nação, portanto! Nem os americanos, seus concidadãos, devem ter achado bonito e engraçado, já que é conhecido o grande respeito que têm pela bandeira nacional e de outras nações.

A pisoteadora (a sambadinha nem comento, ruim demais…) como muitos outros foi agraciada pela Lei Rouanet. Papou um milhão e novecentos mil reais por shows que nada acrescentaram à cultura nacional. Na época era Ministra da Cultura a titia Ana Buarque de Holanda. A gente sempre, sem querer, acaba se colidindo com o mesmo esquema: grande número de artistas que se posiciona contra o Brasil de agora, governado por Bolsonaro, se ressente às lágrimas, aos gritos, às ameaças, às lamúrias e agora, pisoteando a bandeira. Sentiram na pele e no bolso o peso da torneira fechada de dinheiro público que, outrora, servia majoritariamente aos amigos do rei e sua claque de apoiadores…

*Educadora e escritora – Uberlândia – MG