Ivan Santos – Jornalista

Uma pesquisa eleitoral não revela com exatidão o resultado futuro de uma eleição. Os especialistas em consultas de opinião pública indicam que uma pesquisa eleitoral é o retrato do estado emocional de parte de um eleitorado em um determinado momento. A consulta poderá ser feita por telefone ou pessoalmente com a aplicação de um questionário preparado por especialistas. O resultado poderá mudar no dia seguido ou poucas horas depois da revelação.
Uma pesquisa de intenções de votos para presidente da República do Brasil revelou na semana passada que há uma polarização explícita entre os candidatos a presidente da República Luiz Inácio Luiz da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL). A tão falada Terceira Via, até ontem, apesar dos esforços de candidato pré-qualificados, não influiu decisivamente na opinião pública. A massa eleitoral parece disposta a escolher o futuro mandatário entre Lula e Bolsonaro.
Segundo informou o Datafolha o ex-presidente Luiz Inácio (PT) está com 18 pontos percentuais à frente do presidente Bolsonaro (PL) na última pesquisa realidade no Brasil. Os outros pré-candidatos seguem sem chance de ameaçar um ou o outro.
Lula apareceu com 47% na preferência popular, o Capitão Bolsonaro com 29%, Ciro Gomes (PDT) com 8% e Simone Tebet e outros abaixo de 2%. Não há, até este momento, nenhuma sinalização ou fato que contribua para alterar esse cenário. Os especialistas em pesquisas comentam que se o Mito Bolsonaro não conseguir reverter o quadro com apoio popular intenso no dia 7 de setembro, o ex-presidente Lula poderá ganhar a eleição no primeiro turno.
Repetimos: pesquisa retrata um cenário do momento em que é feita. Em política nada é definitivo. O saudoso governador de Minas, Magalhães Pinto dizia que “política é como nuvem que muda de um instante para outro”. Estamos a apenas 63 dias do primeiro turno da votação para escolher o futuro presidente. Até lá poderá haver muito bu-bu-bu no bó-bó-bó com ri-fi-fi e no fim da votação dar Jacaré na cabeça.