Ivan Santos – Jornalista
Houve no Brasil um movimento cívico inesquecível quando este país era governado por militares: foi o das Diretas Já, Movimento de instituições representativas da sociedade brasileira em defesa de eleições diretas. Durante a ditadura militar as eleições de presidente da República, governador e de prefeitos de estâncias minerais e das capitais dos Estados eram indiretas por um colégio eleitoral.
Hoje a tradicional Faculdade de Direito do Largo do São Francisco em São Paulo e a Federação doas Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP – encabeçam movimentos em defesa do atual Sistema Eleitoral Eletrônico que tem sido criticado insistentemente pelo presidente da República, Capitão Mito Bolsonaro,
A insistência do Capitão em criticar o Sistema Eleitoral no qual ele vê fraudes não comprovadas já produziu uma reunião de embaixadores de nações amigas do Brasil com a presença do chefe do Estado do Brasil e onde o assunto foi o foco da fala do Presidente.
Hoje mais de 100 mil personalidades da indústria, comércio, de profissões liberais e celebridades já assinaram um documento em defesa da democracia. Até governos como o dos Estados Unidos já sinalizaram que esperam que as eleições no Brasil, pelo sistema eletrônico que elogiaram, ocorram dentro dos princípios democráticos estabelecidos na Constituição do Brasil.
O apoio aberto de instituições como a Fiesp que congrega as maiores indústrias do Brasil indica a quem indicar possa que as lideranças deste país não apoiam as críticas que o Capitão Mito tem feito à Justiça e ao modelo eleitoral do País. Ao fazer as críticas o Mito espalha desconfiança no eleitoral nacional que poderá agir com indecisão na hora de votar em outubro.
A defesa de democracia inclui a defesa das instituições reconhecidas pela Constituição, entre as quais o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Poder Legislativo. A Legislação Eleitoral que impõe a urna eletrônica já testada nos últimos 25 anos, foi aprovada pelo poder Legislativo e é executada pelo Tribunal Superior Eleitoral com a participação de todos os partidos políticos e de outras instituições representativas de segmentos da sociedade organizadas. O Mito precisa respeitar no Brasil a Constituição e as lei do País. Assim está escrito e assim será.
Acuado pela comunidade democrática brasileira, Bolsonaro parece ensaiar uma estratégia que o coloque na qualidade de vítima perante os seus eleitores, ao arvorar-se contra membros de instituições federais.Está nitidamente “descombussolado”.