Gustavo Hoffay*
As mais recentes e explícitas aberrações originadas da mente de Jair Messias Bolsonaro, um presidente inquieto, por vezes apavorado e muito receoso de perder o poder, dão mostras convincentes de que mais uma vez ele está passando por algum tipo de transtorno delirante e originado de uma esquizofrenia instalada já a algum tempo. Em recente reunião com embaixadores estrangeiros de países democráticos, tomamos conhecimento de que o atual ocupante do trono do Palácio do Planalto tentou, em vão e mais uma vez, desacreditar o sistema de votação por urnas eletrônicas e o que, evidente e vergonhosamente, ecoou mundo a fora. Se não chegaram a ser vergonhosas, as declarações daquele sujeito foram no mínimo um episódio constrangedor e que chegou a ter a projeção de uma grande manifestação de que ele, um chefe de estado, vem passando por uma grave crise de caráter persecutório e jamais vista em outro presidente brasileiro desde Getúlio Vargas, prenunciada que foi pelo atentado a tiro sofrido por Carlos Lacerda em plena rua Toneleros, na então capital federal, Rio de Janeiro. A pretensão messiânica de Jair Messias Bolsonaro está sendo colocada à prova sistematicamente e da maneira que ele mais se sente à vontade: arrogantemente e incidindo – com a fogosidade do seu temperamento – sobre uma multidão de seguidores, entre os quais parece haver adeptos de algum tipo de movimento que parece expandir-se, ao ponto de entrar em choque com costumes e situações existentes, de maneira a chamar ainda mais a atenção do público sobre si. As ponderações acima e que poderiam ser longamente ampliadas, em vista de algumas particularidades, creio serem suficientes para evidenciar aqui e sob o meu ponto de vista a obsessão de Jair Bolsonaro pelo cargo que ocupa, enquanto seriamente perturbado com a ascensão de Luis Inácio, o Lula, nas pesquisas eleitorais. E reparem que estamos apenas no início de uma campanha eleitoral que, desde já, anuncia-se de maneira a mobilizar a inteligência de todos nós, eleitores, interpelando e bombardeando-nos com predições que exprimem insegurança mas o que, por outro lado, alerta-nos no sentido de analisarmos mais coerentemente aquilo que será apresentado e dito durante a cruzada de cada um daqueles contendores nos próximos dois meses, muito embora devamos todos nos precaver contra intenções manipuladoras que, certamente, irão fazer-se presente e por motivos óbvios, tanto de maneira clara quanto subliminar, tal e qual a um processo de alienação política muito comum na época do fascismo e do comunismo.

*Agente Social – Uberlândia(MG)