Ivan Santos – Jornalista

Uma bem sucedida campanha de marketing no passado fez com que parte dos brasileiros entendessem que “o petróleo é nosso” e, por isto, os preços dos derivados poderiam ser ditados pela Petrobrás sempre de acordo com o interesse dos consumidores. Ao longo de muitos anos, vários governos manipularam os preços dos derivados de petróleo e os prejuízos causados à petroleira controlada pelo Governo da União, foram bancados pelo Tesouro da Vaca Barrosa.
Só no governo da senhora Dilma Rousseff, o controle dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, no ano da eleição (2014) deixou um rombo de US$ 40 bilhões (R$ 208 bilhões). Até hoje ninguém foi responsabilizado por este mega prejuízo causado ao Tesouro Público da República do Brasil.
Para evitar outras aventuras política com os preços dos derivados de petróleo, ao assumir o governo após o impedimento da presidenta Dilma pelo Congresso, o presidente Michel Temer, em 2016, sancionou a Lei das Estatais, aprovada pelo Congresso, que estabeleceu regras rígidas para a administração das empresas estatais. No mesmo ano o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou um dispositivo que obriga a União a reembolsar à empresa estatal por eventuais prejuízos causados por interferências políticas.
Em 2016 a Petrobras adotou uma nova política de preços. Essa política está em vigor até hoje para fixar os preços dos combustíveis nas refinarias e evitar a repetição da farra que ocorreu no governo da Senhora Dilma Rousseff que determinou a contenção de reajustes para os derivados de petróleo. Por esta nova política, se o preço do barril de petróleo subir no mercado internacional, os preços dos derivados serão modificados com os reajustes dos serviços de transportes e de industrialização. Tal como ocorre numa empresa privada que visa lucro e evita prejuízo.
Desde 2016 a estatal Petrobrás, controlada pelo Governo, adota a política de PPI (Preço de Paridade Internacional). Se o petróleo subir no mercado internacional, a empresa reajusta os preços dos derivados no mercado interno para evitar prejuízo. Nenhum presidente da República, sem apoio do Congresso, pode mudar essa política. Mudar presidente da Petrobrás não muda a política de comercialização sem apoio do Congresso. Mudar a política comercialização da Petrobrás em ano eleitoral é preciso ver para acreditar.