Local, que realiza atividades culturais há 20 anos, passou por reformas em sua estrutura e está novamente aberto ao público

O último dia 2 de junho marcou a reinauguração do Centro de Memória da Cultura Negra “Graça do Aché”. Com isso, o local retoma as suas atividades após reformas.

Ascom/UFU

O centro, que é um dos equipamentos culturas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), leva o nome de uma importante figura do movimento negro da cidade, Maria da Graça Oliveira. Representante do bloco de carnaval “Aché”, que por muitos anos foi símbolo de cultura e resistência, ela também ficou conhecida por Graça do Aché. A celebração na reinauguração tem como objetivo manter latente a memória e luta de Graça do Aché.

A cerimônia foi fechada e contou com a presença de autoridades da UFU e membros da sociedade civil. Destaque, também, para a apresentação do Terno de Congado Marinheiro de Nossa Senhora do Rosário.

A programação de reabertura teve início com a exposição “Decoloridades: Pessoas e Cores”, assinada por Vânia Armada e que fica em cartaz até o próximo dia 30. Nesta mostra, a artista busca evocar os sentimentos de luta e resistência, cristalizados em personalidades como Grande Otelo, Zumbi dos Palmares e Marielle Franco. A exposição é aberta a toda a comunidade universitária, bem como à população em geral.

Relevância

Professora do Instituto de História (Inhis/UFU) e atual coordenadora do Graça do Aché, Ivete Almeida conta que o espaço é importante para o munícipio, pois é com a cultura que os membros da sociedade podem entender quem são, como sujeitos históricos. “Sociedade sem memória acaba cometendo os mesmos erros”, resume.

Segundo ela, apesar de ser a maior cidade do interior de Minas Gerais, Uberlândia possui poucos espaços voltados para a cultura, sobretudo quando se trata da cultura negra. “Locais voltados à cultura da África brasileira são muito difíceis de conseguirmos encontrar. Então, o que temos aqui, proporcionado pela UFU, é um espaço muito precioso”, ressalta.

Finalizando, a coordenadora diz que a reforma do centro foi muito oportuna, devido à idade do prédio e por conta das avarias que ele apresentava. “Agora, o local confere segurança e condições de bem-estar. Com tudo restaurado, foi possível a reabertura do espaço.”