Marília Alves Cunha*

A falta de argumentos faz as pessoas descambarem para discursos risíveis e perderem, cada vez mais, a capacidade de influenciar pessoas. E assim se comporta o possível candidato (caso ele não desista no meio do caminho) o senhor Sérgio Moro, ex –juiz, ex- ministro e e hoje desempregado.

Atuou como juiz da Lava Jato na jurisdição de Curitiba e todo o seu trabalho foi reduzido a pó. A operação que prometia acabar de vez com a velha história “rico não vai prá cadeia, político de jeito nenhum” mostrou que isto não é verdade, pelo menos no Brasil. A esperança do povo derreteu-se, junto à libertação do maior corrupto que o Brasil já teve a oportunidade de ver, assim como de seus sequazes. E pior, o inimaginável, Lula alçado à condição de candidato a presidente deste país de meu Deus o que é isto…

Qual foi a reação do juiz diante do monturo de processos jogados ao léu, por uma canetada do STF? Nenhuma! Achou natural, não indignou-se. Não recorreu à mídia ou pronunciou-se nas redes sociais. Nenhuma demonstração de como aquilo o feria. Calou-se subserviente, tomado da mesma apatia e insegurança que mostrou como Ministro da Segurança. Bem paradoxal! Parece até que esperava por isto.

Agora, como pré-candidato, começa a atacar seus opositores. É bonzinho com Lula, eu diria que quase maior amigo. Nomina o ex-prisioneiro de “pelego”. Pelego significa capacho, subserviente. A quem seria o Lula subserviente? Deveria atacar o chefão como nomes apropriados, como corrupto, lavador de dinheiro, formador de quadrilha. Afinal, foi ele que mostrou isto ao Brasil inteiro ( se bem que a gente já sabia disto desde sempre. Tornou pelo menos oficial). Com Bolsonaro foi bonzinho não! Chamou o presidente de miliciano. Tem provas, senhor Moro? Apresente ! Não piore sua rejeição fazendo como os outros, criando fakes, xingando as pessoas do que elas não são… Aliás, este é um predicado que tentam colar em Bolsonaro há muito tempo. Assim como de corrupto, genocida, etc. Fizeram até uma CPI para tatuar, imprimir de vez este desenho atrapalhado no presidente. Não conseguiram…

Parece que o senhor Moro não conhece o eleitorado de Bolsonaro, que ele pretende conquistar, não conhecendo a fidelidade deste eleitorado. Falta maturidade política ao pré-candidato. Governar o Brasil não é para os infiéis, fracos, inseguros e incapazes de lutar por suas crenças…

*Educadora e escritora – Uberlândia – MG