Obra é resultado de uma dissertação de mestrado e está disponível para venda em versões impressa e digital
Ascom/UFU – Publicação conta com aproximadamente 200 páginas. (Imagem: Reprodução/editora Appris)
Assinado por Newton Dângelo, docente do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia (Inhis/UFU), o livro “Escolas sem professores: rádio e educação a distância no Brasil nas décadas de 1920-40” foi lançado oficialmente na livraria Sabiá Livros, no mês passado. A obra é publicada pela editora Appris e está sendo vendida nas versões impressa e digital, podendo ser encontrada tanto na livraria citada acima, quanto no site da editora.
“A publicação do livro serve como base para uma crítica ao uso desenfreado do ensino remoto”, de acordo com o escritor. Para ele, a educação a distância é muito mais que o simples ensino remoto. A obra parte do momento histórico em que o rádio começou a ser utilizado como forma de dar aulas aos brasileiros, sem a necessidade da presença em salas de aula. Essa iniciativa, conforme Dângelo, foi tomada durante o governo de Getúlio Vargas e pertencia a um conjunto de práticas nacionalistas. “O título do livro faz referência a uma matéria que saiu naquela época no jornal ‘A Gazeta de São Paulo’ e que retratava o interesse do governo em substituir o professor pelo equipamento do rádio receptor”, comenta.
Este trabalho é resultado da pesquisa de mestrado em História do Brasil apresentada por Newton Dângelo à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no ano de 1994. “De lá pra cá, eu senti muita necessidade de publicar um livro deste estudo, pois ele vinha sendo usado por muitos colegas, ao longo do tempo, como material para artigos. A publicação pela editora Appris ocorreu em 2020, mas deixamos o lançamento para o final de 2021, por causa da pandemia. Outra motivação para a publicação da obra recentemente foi a urgência da discussão sobre a educação a distância, que emergiu durante esse período pandêmico e de isolamento social”, argumenta o autor.
Divulgações
Pesquisadores das áreas de História, Educação, além de professores da Educação Básica, são o público-alvo de “Escolas sem professores: rádio e educação a distância no Brasil nas décadas de 1920-40”. No entanto, Dângelo garante que a obra possui leitura fluida e que, portanto, também pode interessar a estudantes em nível de graduação. O escritor aponta o terceiro capítulo como o mais importante do livro, pois naquele trecho é discutido o papel da música para a educação a distância, por meio da rádio.
Concluindo, o docente da UFU informa que este lançamento continuará sendo promovido nos meios acadêmicos. Ele chama a atenção para a realização do Sarau Musical no Centro de Documentação Histórica da UFU (Cdhis), que acontecerá após o término da pandemia. “Além disso, promoveremos um curso de extensão aos professores da Educação Básica da rede pública, que ainda não foi iniciado, e também participarei de um evento em comemoração à Semana da Arte Moderna, a ser realizado pelo Inhis”, revela.