Ivan Santos – Jornalista

Estamos praticamente a 10 meses das eleições e ainda não sabemos quem serão os candidatos. Estes só aparecerão concretamente das convenções dos partidos que homologarão os nomes, de 20 de julho a 5 de agosto do ano das eleições (2022).
Nesta altura do processo eleitoral as únicas indicações mais confiáveis que há hoje para avaliar a aceitação dos pré-candidatos pelos eleitores são as pesquisas de institutos conhecidos e de seriedade comprovada. Nessa categoria, entre outros, destacamos o Ipesp (ex-Ibope), o Datafolha e o PoderData.
Segundo o Ipesp, o pré-candidato do PT, se a eleição fosse hoje, o petista Lula da Silva conquistaria 44% dos eleitores no primeiro turno de votações. O Mito Bolso teria 24, Sérgio Moro, 9% e Ciro Gomes, 7%. Os outros pré-candidatos abaixo desses percentuais.
O Datafolha, outro experiente instituto, informou que hoje Lula teria 48% das intenções de votos, o Mito com 22%, Sérgio Moro com 9% e Ciro Gomes com 7%. Os outros com percentuais inferiores.
O Instituto PodeData indicou que Lula teria hoje 40% das intenções de votos, O Mito 30%, Moro 7% e Ciro Gomes, 45%. Cada instituto usa uma metodologia própria e tem um estilo de apurar intenções de votos. No entanto, os resultados apresentados pelos três são semelhantes.
Pesquisas distantes quase um ano do dia das eleições servem apenas a uma sondagem de campos eleitorais pelos partidos porque retratam um cenário do momento. No Brasil, política é como nuvem que muda de cenário de um instante para o outro. No ano que vem, quem lidera nas pesquisas hoje poderá cair e o que está por baixo poderá subir. Temos um exemplo recente: Em 2018 o Capitão Mito era um candidato obscuro, sem programa e expressão. Uma facada na campanha o transformou em vítima de perseguidores e ele ganhou a eleição internado num hospital sem comparecer a um só debate, sem apresentar programa algum. Política é como nuvem ou caixa de surpresas.