Ivan Santos – Jornalista

As notícias que circulam nos jornais neste momento indicam que o Natal deste ano, para os trabalhadores assalariados não vai ser risonho nem farto. A inflação que já chegou perto de 10% e deve ficar mais alta até o dia do Natal vai deixar os produtos da Cesta de Natal bem altos e salgados.
Carnes de frango e bovina, no acumulado do ano está, segundo pesquisa de mercado, 30% mais caras e vão subir mais até a véspera de Natal. A previsão é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas.
O aumento dos produtos da Ceia de Natal é uma combinação da demanda de produtos consumidos tradicionalmente no Natal e da pressão dos custos dos produtos por causa da alta do dólar sobre os produtos importados (bacalhau, vinhas e frutas) e da inflação no mercado interno.
Os criadores de frangos se queixam da alta da ração e de todos os insumos usados na criação das aves de corte e na produção de ovos. A ração encarece por causa do custo da soja em dólares. A soja é um dos produtos básicos que entre na composição das rações para a criação de aves e suínos. A esses custos soma-se o custo dos transportes onerados pela alta da gasolina e do óleo diesel. A carne bovina já está 20% mais cara antes do Natal.
O preço da carne bovina caiu um pouco porque a China suspendeu temporariamente a importação desses produtos do Brasil. No entanto a China autorizou recentemente o desembarque de toda a carne que estava estocadas em navios e pode retornar às importações do Brasil antes do Natal. Conclusão: a carne bovina deve voltar a subir. Ceia de Natal para a maioria dos brasileiros poderá ficar na saudade neste ano.