Ivan Santos – Jornalista]

Com a definição do nome de João Dória para pré-candidato do PSDB à Presidência da República na eleição do ano que vem, a viabilidade de ter um candidato só na terceira via ficou difícil. Primeiro, porque Dória aparece com menos de 5% das intenções de votos em todas as pesquisas até agora reveladas; segundo porque várias forças políticas fora da polarização Lula-Bolsonaro inclinam-se hoje em direção do pré-candidato Sérgio Moro.
A convergência para candidatura única na Terceira Via na disputa presidencial de 2022 com apoio dos partidos do centro é hoje apenas um desejo, mas o nome com apoio popular para enfrentar Lula e Bolsonaro ainda não apareceu. A menos de um ano da eleição presidencial, a Terceira Via é ainda uma quimera diante de muitos obstáculos e incertezas.
O ex-presidente Lula na esquerda e o presidente Capitão Mito Bolsonaro na direita lideram nas pesquisas de intenções de votos e fortalecem a polarização. Um candidato na Terceira Via só será viável com um sólido programa de administração que interesse à população que, no Brasil, ainda acredita que um presidente tem poder político para impor programas administrativos mesmo que não conta com apoio no Congresso para aprovar os projetos.
Até hoje o ex-presidente Lula, depois que se tornou elegível por decisão do STF, tem se dedicado a encontros partidários e a articulações políticas com a intenção de formar uma coligação de esquerda associada a partidos do centro político para enfrentar a direita bolsonarista. Lula é um mestre em articulações, mas tem contra ele a máquina do poder que está a ser usada com força pelo pré-candidato à reeleição. Este tem uma caneta com tinta e poder para liberar Emendas Parlamentares. A guerra está apenas começando.