Ivan Santos – Jornalista

O político Jair Bolsonaro, hoje presidente da República do Brasil, nunca ligou para estrutura programática ou ideológica do partido ao qual foi filiado. Elegeu-se deputado federal em 1990 pelo PDC sem ligar para a identidade do Partido. A ele só interessou a legenda para se candidatar.
O deputado Bolsonaro não demorou muito tempo no PDC e transferiu-se para o PPR do qual saiu para ingressar no PPB (antecessor do PP). Deste Bolsonaro foi para o PTB de onde saiu para o PFL. Neste não ficou muito tempo e se transferiu para o PP depois foi para o PSC e se candidatou a presidente da República pelo PSL. Depois de eleito deixou o PSL há mais de dois anos e está até hoje sem partido.
O político Bolsonaro sabe que para se candidatar à reeleição precisa estar filiado a um partido reconhecido pela Justiça Eleitoral Brasileira. Por isto procura uma legenda e hoje namora com o PL, partido dirigido por Waldemar Costa Neto, uma raposa do sistema partidário nacional. Bolsonaro quer controlar o PL e Costa Neto não aceita.
O político Waldemar Costa Neto é um esperto político brasileiro especialista na política do “toma á, dá cá”. Não bate ponto sem nó. Ele quer Bolsonaro no PL porque espera que o presidente atraia muitos votos para eleger uma bancada expressiva na próxima eleição. E uma grande bancada significa maior recurso do Fundo Partidário. Mais dinheiro.
Costa Neto já serviu a Lula, Dilma, Temer e agora namora com Bolsonaro. Ele sempre fica ao lado de quem tem caneta para assinar bondades e liberar recursos do orçamento. Nunca foi fiel a ninguém. Se na próxima eleição ele perceber que Bolsonaro, candidato do se PL, não tem chance de se eleger, mandará os líderes regionais do Partido apoiarem o candidato que aparecer como líder nas pesquisas. Esperem e verão.