Ivan Santos – Jornalista

A inflação na fase pós pandemia é um fenômeno mundial. A falta de suprimentos para as indústrias por problemas de produção e de logística são fatores que influem nos preços de produção de bens de consumo e na distribuição. Esta realidade é descrita diariamente nos principais jornais do Brasil e do mundo.
A inflação também ocorre no Brasil e aqui destaca-se com um fator dinâmico que acelera os preços no mercado: é a desvalorização do Real, a moeda local. A indexação dos preços das commodities e dos subprodutos de petróleo contribui para a aceleração da inflação que no Brasil está em 10%. Isto leva os comerciantes a remarcarem os preços com medo de dificuldades amanhã para repor os estoques. Esta foi a receita que na década de 80 levou o Brasil a enfrentar uma inflação galopante até o lançamento do Plano Real.
O cenário econômico no Brasil segue indefinido. Por falta de uma política de incentivos lançada pelo governo, os agentes econômicos não investem. Também não veem no mercado capacidade para um aumento do consumo porque sabem que o número de desempregados, desalentados e dos sem renda passa de 80 milhões de pessoas que não têm poder para consumir mercadorias ou serviços. Enquanto não houver investimentos para produzir bens econômicos não haverá novos empregos. O governo ou os setores organizados da sociedade precisa fazer alguma coisa. O Brasil está estagnado e assim não pode continuar.