Ivan Santos – Jornalista

O Partido Democratas (DEM) e o PSL decidiram se unir numa só legenda, a União Brasil – UB. Desta fusão resultou no maior partido nacional neste momento com 82 deputados, oito senadores, 4 governadores e centenas de prefeitos e deputados estaduais em todo o Brasil. A nova legenda ainda não foi reconhecida pela Justiça eleitoral, mas observadores do processo político não veem empecilho para impugnações. Após a oficialização o novo partido estará aberto para receber novas adesões.
O DEM, é um partido que teve origem na Arena e no PDS, dois partidos que foram base de sustentação dos governos dos militares de 1964 a 1985. Sempre foi um partido conservador e governista. O PSL é partido da Direita e foi por ele que o então deputado federal Jair Bolsonaro se candidato a presidente da República. O novo partido resultante da fusão ainda não declarou a linha que seguirá na atualidade. Não é oposição nem situação neste momento. Nasceu no limbo como uma legenda pronta para lançar um candidato de terceira via a presidente da República ou apoiar o candidato melhor avaliado nas pesquisas em 2022.
A União Brasil abriga um grupo de políticos acostumados a militar na Situação, sempre ao lado do governo. Não tem vocação para ser partido de oposição. Com a proibição das coligações, a fusão dos dois partidos é uma ação política inteligente para construir uma base eleitoral forte a fim de eleger uma bancada expressiva na próxima eleição.
A União Brasil pode servir de exemplo a partidos pequenos não ideológicos que hoje, teoricamente, não têm condição, sequer, de eleger um deputado para ter representação no Congresso. Partido fora do Congresso tende a se tornar nulo no universo político. As fusões poderão deixar a representação política no Congresso com 10 ou 12 partidos. Hoje são 33.