Ivan Santos – Jornalista

Os governos estaduais seguem o exemplo do Governo Federal e reduzem o máximo que podem os recursos para a educação. A prioridade no ano que vem para os governadores é a eleição. Vários são candidatos à reeleição e todos são interessados em eleger bases de apoio na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas. Para isto é preciso gastar com investimentos para encantar eleitores e escolas não rendem votos, só mais problemas.
A realidade apareceu num estudo feito sobre os gastos dos Estados revelado hoje pelo jornal “Folha de São Paulo”. O relatório informa que a maioria dos governadores deixou a educação em segundo plano para o ano que vem. Conclusão: se não está boa, a educação vai ficar pior. Os governadores e prefeitos aproveitam o período de suspensão das aulas por casa da Pandemia do Corona para economizar dinheiro para obras eleitoreiras.
As reformas de escolas para receber alunos no ano que vem limitam-se e pinturas grosseiras. Segundo a pesquisa as despesas com educação nos Estados caíram 6,4% no primeiro semestre de 2020. As perdas em arrecadação em alguns setores foram compensadas com a redução de gastos na educação. Os gastos com saúde aumentaram 16% e os recursos que sobraram foram direcionados para obras que rendam votos no ano que vem.
Os investimentos em escolas nos estados e nos municípios são mínimos ou inexistentes. Conclusão: educação continua a não ser prioridade no Brasil de Norte ao Sul do Leste ao Oeste.