Ivan Santos – Jornalista
O tempo atual indica que o Capitão Mito Bolsonaro está na semana comemorativa dos mil dias do Governo dele. Segundo os institutos Datafolha e Ipec, a avaliação do governo não é cem por cento positiva. Para mais de 50% dos entrevistados o governo não está bom. Para muitos, as dificuldades que o Brasil enfrenta devem-se ao recolhimento social para enfrentar a Pandemia do Corona. Em parte é verdade, mas assim foi em mais de 90% dos países do mundo.
No Brasil, segundo os críticos do Governo, o Ministério da Economia não se empenhou politicamente para promover reformas estruturais porque a prioridade para o chefe do governo foi e continua a ser a reeleição. Se esta observação é verdadeira não podemos afirmar. Pairam dúvidas no ar.
Sabemos que o mercado financeiro, um dos focos da estabilidade econômica no País, está em forte oscilação: Bolsa cai e dólar sobe bis últimos dias.
Nesse clima de incertezas a crise hídrica já levou o governo e concordar com aumento extra no preço da energia e dos derivados de petróleo. Esses aumentos vão acelerar a inflação que poderá chegar a dois dígitos ainda neste ano. Não é um clima salutar para a comemoração dos mil dias. Pior: os agentes da produção econômica, com exceção dos do agronegócio, não se sentem seguros sem uma política econômica definida e apoiada pelo Governo.
O Capitão tem à frente poucos dias para elaborar e apresentar uma política econômica antes de começarem os debates sucessórios reais depois de fevereiro do ano que vem. Faltam cinco meses. Não há tempo a perder. Depois que começar a guerra sucessória será tarde demais pra reformar.