Ivan Santos – Jornalista
Corre hoje nos bastidores políticos do planalto e das planícies que o Centrão se esforça para convencer o Capitão Mito a não correr risco na eleição majoritária do ano que vem e se candidatar ao Senado pelo Rio de Janeiro. Com apoio dos partidos do Centrão o Mito poderá se eleger para o Senado e terá um mandato de oito anos com foro privilegiado para enfrentar campanhas difamatórias que possam aparecer contra ele. Se for candidato a presidente e perder, ficará desprotegido. O Centrão conhece política de cor e salteado e só é solidário na bonança.
O Centrão é um grupo de partidos cujos políticos se juntaram na Arena, partido formado para apoiar o Governo dos Militares e, depois de passarem pelo PDS, se organizaram na Assembleia Nacional Constituinte de 1987 para defender políticas conservadoras e interesses paroquias.
O lema do Centrão sempre foi: “levar vantagem em tudo”. Depois dos governos militares o Centrão apoiou Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula, Dilma, Temer e agora, Bolsonaro.
Hoje o Centrão está reduzido a poucos partidos conservadores ou da direita. São eles: PP – Partido Progressista, PSC – Partido Social Cristão, PROS – MDB, PTB, PR, PSL, PRB e Solidariedade e, por tabela, o DEM. Juntos eles reúnem mais de 260 deputados que votam a favor do governo sempre em troca de alguma benesse política, cargos ou espaços no poder. Gente experiente, ladina, que sabe nadar de costas em mar cheio de tubarões e outros peixes ferozes.