Ivan Santos – Jornalista

O tiro de canhão que muitos esperavam que seria detonado pelo Capitão Mito Bolsonaro no Dia 7 de setembro, transformou-se numa bombinha de festa para comemorar a data cívica. Faltou apoio militar para que o Mito pudesse virar a mesa. Decepção! O Mito não pode hoje governar como Nicholas Maduro, na Venezuela ou Putin, na Rússia.
Passada a patuscada, o Mito despertou e começou a ver a realidade nua a crua. Sem saber o que fazer chamou o ex-presidente Temer para com ele se aconselhar. Ouviu o experiente articulador político dizer: pare a greve dos caminhoneiros, senão um caos social poderá cair no seu colo. O Mito assustou-se e mandou seus serviçais expedir ordens para que os caminhoneiros fossem trabalhar.
O tempo serenou, mas ninguém em Pindorama sabe por quanto tempo.
O silêncio nos quartis de Santa Cruz no dia 7 de setembro passado foi um indicativo real de que os atuais comandantes das Forças Armadas não têm interesse em apoiar um golpe com o Mito no comando. Segundo informações que têm circulado em vários jornais, hoje há mais de 6 mil militares da ativa e da reserva em cargos estratégicos no governo. Os militares têm sido contemplados com vantagens previdenciárias, vantagens salarias e outras bondades que não tiverem de 1964 a 1985 quando mandaram e desmandaram no País. Então, apoiar um golpe para quê? Golpe hoje, para militar, não tem interesse.
Depois de 7 de setembro passado nada mudou em Santa Cruz. Esta semana a CPI da Covid poderá criar mais nós cegos paga o governo desatar e o Orçamento para 2022 deverá começar a ser deformado na Câmara por um congresso cuja maioria só pensa na própria reeleição em outubro do ano que vem. Em Santa Cruz a crise total continua. Para desatar os nós que amarram o governo o Mito precisa consultar seus conselheiros no cercadinho frente do Alvorada. Até amanhã! Saravá!