Ivan Santos – Jornalista
Acabamos de atravessar uma semana turbulenta na política nacional. O Dia 7 de setembro, data da comemoração da independência do País onde vivemos foi escolhido pelo Capitão Mito que governa a República para dar uma demonstração de apoio popular aos adversários que pretendem afastá-lo do trono em outubro do ano que vem.
A presença popular foi grande, principalmente em São Paulo e em Brasília. Não foi uma manifestação de protesto contra erros e omissões do governo. Foi um movimento para aplaudir o Mito. Para que? Até agora não sabemos
No domingo passado foi a vez da oposição levar apoiadores às ruas com faixas de “Fora Bolsonaro”. Fora pra quê? Ninguém explicou. A oposição foi à passeada desunida. Tão desunida quando no final da década de 1930 quando o ator comunista Mário Lago, após deixar a cadeia para onde fora recolhido pela polícia política do ditado5r Getúlio Vargas, disse alto e bom som: “No Brasil a esquerda (que era oposição ao governo) só se une na cadeia”. Esta constatação de Lago continua nos dias de hoje.
A oposição hoje, desunida entre os grupos de Ciro Gomes, do João Dória, do Eduardo Leite, do Kassab, do Lula, da Dilma, do Zé Dirceu, cada grupo com seu próprio interesse político e seu candidato a presidente. Desunidos eles não percebem que fracionados só beneficiam um político: Bolsonaro. Certo ou errado, o Capitão Bolsonaro tem hoje apoio de 25% dos eleitores do Brasil e isto pode leva-lo a disputar o segundo turno eleitoral em outubro de 2022. O Capitão deverá enfrentar a reeleição sem programa e apenas com discursos de fantasia contra comunista, esquerdistas e inimigos de Deus da Pátria e da Família.
Alguém acredita que o ex-presidente Lula seja capaz de entender que a vez dele com candidato a presidente jápassou e que hoje é hora de ele apoiar um nome para unir a oposição para tirar Bolsonaro da Presidência? Seria uma jogada de estadista, mas quem acredita que lula sria capaz de uma jogada política como esta. Ele não imitará nem Cristina Kirchner que aceitou ser vice para ganhar a eleição. Lula não é Cristina. É Lula.