Ivan Santos – Jornalista
Depois das bravatas do dia 7 de setembro e dos discursos antidemocráticos em Brasília e em São Paulo, ainda não sabemos para onde o Capitão Mito Bolsonaro vai conduzir a reativação da produção econômica na fase pós pandemia no Brasil. Ontem o comandante reuniu parte do seu Ministério e deve ter indicado o caminho a percorrer, mas sobre esta decisão não há informações para a plebe. O que rolou foi que as relações do Capitão comandante com o Poder Legislativo (Câmara e Senado) e com o Poder Judiciário não estão boas.
Depois das contundentes críticas do Capitão a ministros do Supremo e ao Congresso é preciso reatar relações para que a máquina do governo volte a funcionar satisfatoriamente.
Os pronunciamentos de parlamentares de oposição e de ministros do STF ontem alertaram à parte da população que acompanha o processo político e indicaram que o governo está sem norte. Não há condição política para decretar o impedimento do mandato do presidente, mas é preciso haver racionalidade para que o governo não se perca em querelas politiqueiras.
Neste momento o Capitão comandante precisa acertar acordos no Congresso para aprovar o orçamento de 2022. Precisa também respeitar o Poder Judiciário para ser respeitado e poder chefiar o o processo político como manda a Constituição do Estado Demcrático de Direito que é o Brasil.
Numa democracia ninguém governa como soberano. É preciso combinar com os russos e acertar acordos com as forças contrárias que representam partes da população no Congresso. O Capitão Mito conhece bem o processo político democrático porque militou na direita conservadora durante 18 anos na Câmara Federal.
É hora de tomar chá de flor de laranjeira e começar a governar a Terra de Santa Cruz com engenho, arte e sobriedade. Se não for assim vai haver bu-bu-bu no bó-bó-bó com ri-fi-fi na peça teatral, do anoitecer até o sol raiar novamente no dia seguinte com outros atores no palco.