Gustavo Hoffay*

Há um sentido lógico quanto a preocupação e a angustia de muitos em função do vírus que continua a causar mortes, aterrorizar e faz surgir incertezas diversas, mesmo considerando-se o número de pessoas que são vacinadas diariamente. Eu e qualquer outro cidadão, em sã consciência, jamais esperávamos viver o suficiente para assistir escolas, igrejas, templos, bancos ,indústrias, comercio e repartições públicas de portas cerradas em um só tempo, por todo tempo e por tanto tempo , além de testemunharmos radicais mudanças de comportamento social e tudo isso,claro, aliado a diretrizes governamentais e depoimentos, sugestões e aconselhamentos diversos a partir de políticos oportunistas que, até o presente momento, nada ou quase nada fizeram em termos de prestação de serviço às comunidades que dizem representar, enquanto alguns da sua laia promovem um espetáculo pré-eleitoreiro gratuito e à cores para todo o Brasil por meio “daquela” CPI. Mas se o melhor da festa é esperar por ela, no caso presente contentemo-nos com uma mentalidade embasada pela necessidade e pelo desejo de que seja evitada a continuidade da propagação desse vírus. Pelo resto de nossas vidas continuaremos lendo e ouvindo noticias relativas a esse crucial e histórico momento, como num constante processo de reporte a uma época em que centenas de milhares de pessoas, adultos e crianças, foram definitivamente vencidos após um período de enfrentamento daquele inimigo público. Quando começamos a imaginar que o Day After será de grande relevância no sentido de mantermo-nos cautelosos quanto a ameaça de um novo surto e o qual, aliás, já apresenta-se sob o nome de Delta; que já não lidamos apenas com problemas setoriais de saúde e que não somos ou jamais seremos todos imortais diante de epidemias e pandemias diversas, aí seremos severamente instigados pela nossa própria consciência quanto a responsabilidade de capacitar-nos na condição de gente, cujo maior capital é o amor que nos move em direção ao próximo. Admiro e sou partícipe do necessário esforço de parte da população no sentido de evitar aglomerações, mas também – e da forma de muitos – venho presenciando a arrogância e a falta de respeito de pessoas mentalmente desequilibradas e incapazes de discernirem sobre a gravidade do momento presente. Passada essa gravíssima situação de saúde pública farei a pergunta: e amanhã? Como será o nosso retorno à rotina diária e relacionamentos diversos? Será que todos nós aprendemos e já estamos colocando em prática um novo e sadio meio de vida? Proponho que desamarremos as nossas fardas, larguemos as nossas armas e sejamos humildes o bastante pra entender que uma nova era deverá ser vivida serenamente, de maneira cautelosa e descomplicada. Estaremos nos reinventando e sobretudo entendendo que sozinhos somos nada e que a nossa melhor defesa é mais invisível que o vírus da COVID , porém muito mais eficiente, útil, bela e sensitiva : o amor! Após todo o trauma causado por esses micro-organismos, espero sermos curados do nosso egoísmo e da ilusão de sermos invulneráveis, seguirmos capacitando-nos na condição de seres cientes da nossa responsabilidade diante dos nossos iguais, daqueles necessitados de compaixão enquanto usando o amor na qualidade de um poderoso e precioso combustível para movermo-nos com sabedoria em direção ao outro. E que logo venha a bonança para enxergarmo-nos livres dos tentáculos de alguns veículos de comunicação de massa que, diariamente, alimentam-se do caos, enquanto atentam e debocham mesmo diante de algumas salutares e urgentes medidas adotadas pelo governo federal em decorrência dessa crise. O governo do mito e o qual já não retêm a minha simpatia de outrora , tem ciência de que irá lidar com uma grave crise econômica e que ainda terá de suportar uma ilógica gritaria de frustrados oposicionistas, incentivados por parte de uma mídia que agoniza pela falta de verbas públicas e insanas que, até a poucos anos, davam suporte a um regime dependente, intragável e criminoso. O povo brasileiro, religioso em sua maioria e por isso propenso a crer no maravilhoso, sabe discernir entre o bem e mal. Somos um só povo, uma só nação; unidos pelo maior de todos os propósitos – a vida – sairemos vencedores de mais esse descomunal desafio e deixando perplexos todos aqueles que torcem e até fazem figa para ver-nos derrotados e envergonhados perante o mundo, pois já acostumaram a alimentar-se das sobras e da forma dos seres heterotróficos. Há falhas na administração da presente crise na área da saúde, sim; impossível que não houvesse e diante da dimensão de tamanha calamidade pública, mas logo são identificadas e corrigidas. Também surgiram pilantras/chupistas e parasitas/oportunistas sim e que dão os seus vôos rasantes sobre o Plano Piloto de Brasília ou brotam a partir de carpetes de gabinetes oficiais diversos, para agirem como partidários daqueles que sacrificam normas e princípios diversos , como se a engrenagem política agisse em benefício exclusivo deles mesmos; mas logo todos eles serão identificados e punidos na justa medida. Os obstáculos são muitos, mas venceremos; pois o amor é tudo: amor a nós, amor ao próximo, amor à vida!

Gustavo Hoffay – Agente Social – Uberlândia-MG