Ivan Santos – Jornalista

Nesta Terra de Santa Cruz, nos agitados dias atuais ocorrem coisas estranhas. O País é uma Federação de Estados governados independentemente, de acordo com a Constituição. No Parlamento Nacional os Estados são representados pelo Senado. O chefe do Poder Executivo precisa que o Senado aprove seus planos e projetos para governar. Esta é a realidade do Estado de Direito Democrático Brasileiro.
Os governadores pedem uma reunião com o chefe do Poder Executivo para que possam discutir com ele medias para enfrentar problemas sociais, políticos, sanitários e econômicos nos Estados. O chefe não responde ao pedido. O Senado, que representa os Estados derruba projetos de interesse do governo, talvez para forçar o diálogo do comandante executivo com os governadores. É jogo estranho que leva a várias interpretações.
Uma das interpretações é simples: o comandante executivo não é político amador. Passou 28 anos na Câmara como deputado e conhece as atribuições dos três poderes da República. Se ele pede a demissão de um ministro do Supremo Tribunal Federal, critica o Poder Legislativo e não recebe governadores para tratar de temas administrativo, só resta uma conclusão: o comandante deseja criar um clima caótico e inseguro a fim de mostrar ao povo que não tem apoio para governar porque está a ser boicotado.
A receita é a mesma que usou Hugo Chavez na Venezuela para obter apoio dos militares e instalar uma ditadura no País. O comandante estimula concentrações de apoiadores do governo nas ruas no Dia 7 de Setembro. Poderá dizer que está sendo boicotado por supostos comunistas e que não pode governar no regime democrático. Poderá pedir apoio popular para instalar um governo de salvação nacional (ditadura) para ele governar com a família e com os amigos. Tem muita gente embarcando numa canoa furada nesse momento.
O Brasil está à deriva com crises maiúsculas visíveis. Acorda, Tigrada! Tem gente com vontade de matar nossa democracia.