Ivan Santos – Jornalista
Há erros em política que jamais serão consertados e passarão à História como equívocos monumentais. Um deles ocorreu recentemente na Câmara dos Deputados. Depois que o Capitão Mito em uma live inusitada apontou erros inexistentes nas urnas eletrônicas e a Comissão Especial mandou arquivar um projeto de lei que criava um voto impresso, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, pisou na bola e praticou uma jogada feia para agradar o Capitão Mito Liberal, Lira mandou o projeto para deliberação do plenário. A PEC foi derrotada a esquivada.
Numa democracia séria, o chefe do Executivo, interessado na matéria, teriam que se calar e obedecer a decisão dos representantes do povo. No entanto, para manter uma ilusão na cabeça de apaixonados apoiadores o Mito continuou a falar em voto impresso para legitimar a próxima eleição presidencial. Na prática, o Mito parece querer espalhar a desconfiança no sistema eleitoral nacional para contestar o resultado da próxima eleição se não for bem sucedido.
Não reeleito, o terá que deixar a presidência da República no último minuto da última hora do último dia do ano de 2021. No dia primeiro de janeiro de 1923 assumirá o presidente ou presidenta eleito(a) em outubro de 2021. O Brasil ainda é uma democracia e não há condições internacionais para uma quartelada capaz de rasgar a Constituição nacional em vigor e instalar um regime da exceção para dar poder ditatorial a um Capitão Mito que sonha em ser Hugo Chavez do cerrado brasileiro.