Fotografias da artista uberlandense Cíntia Guimarães, poderão ser visitadas até 30 de setembro

Foto: Divulgação

A exposição “Peregrinações: Fotoetnografias e Fantasmagorias” abrilhanta a Galeria de Concreto do Centro Municipal de Cultural. A fotógrafa Cintia Guimarães expõe fotografias que retratam uma relação da imagem com os princípios da crença, retornando, assim, à memória autobiográfica da própria artista, na sua forma de entendimento da poesia quase infantil presente no mundo da morte e dos mortos.

A mostra pode ser visitada até o fim de setembro na Galeria de Concreto do Centro Administrativo Municipal, de segunda à sexta, das 12h às 17h, por agendamento, respeitando as regras do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Covid-19.

A Fotógrafa

Cintia Guimarães é fotógrafa, artista visual e pesquisadora em artes e história. Nesta exposição assistimos a uma pequena mostra de suas investigações atuais no âmbito das técnicas da fotografia.

Transitando da fotografia de documentação e da foto-etnografia, alvo de suas pesquisas durante o Mestrado em Cultura Visual (FAV UFG) e Doutorado em História (FH UFG), ela passa a explorar técnicas e possibilidades dos meios digitais, como a sobreposição de imagens.

É desta ideia que surgem seus fantasmas e memórias. Alguns são resultado de uma história pessoal, familiar, mineira e brasileira, ligada aos circuitos e à cultura religiosa popular e tradicional, do catolicismo encravado na formação do interior do país.
De outro lado, suas viagens pelo mundo da religiosidade à convocam a explorar, numa oficina de tecnologias da fotografia, os usos técnicos para a criação de fantasmas, num território bastante explorado pelas artes, o mundo dos mortos, da morte, da arte cemiterial, mas, mais do que isso, da observação de memórias, de desejos, de atos de saudação e de manifestação de afetos amorosos jubilosos e por vezes de tristeza, de evocação da perda, de enlutamento.

Não traça com este universo uma relação convencionalmente denominada de melancólica. Muito antes pelo contrário, a fotógrafa reúne em suas imagens uma intensidade de coloridos dissonantes, observando assim, mais os matizes que aproximam a morte da carnavalização dela, nas suas formas da cultura popular brasileira e latina.