Ivan Santos – Jornalista

A discussão sobre a adoção de um comprovante impresso para votos eletrônicos defendido pelo presidente Capitão Mito Bolsonaro, em tempo de crise maiúscula na saúde pública, é inoportuna. Em 20 anos de uso das urnas eletrônicas no Brasil não houve comprovação de fraudes. Esta constatação está cristalina no comportamento dos partidos da oposição e da situação que, com técnicos qualificados acompanharam todas as votações em eleições realizadas no Brasil.
O Supremo Tribunal Eleitoral pediu ao Presidente que apresente as provas de que houve fraude na eleição do presidente da República no primeiro turno em 2018. Até agora o Capitão não apresentou prova alguma.
No domingo passado, em entrevista à CNN, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse que não identificou indícios de fraudes nas urnas eletrônicas.
O senador Pacheco disse claramente: “A minha posição é de confiança na Justiça Eleitoral brasileira. Não identifico indício algum de fraude nos resultados eleitorais do Brasil. Portanto, essa é uma opinião que tenho que o sistema eleitoral deveria continuar eletrônico. No entanto, como presidente do Senado, devo permitir que as divergências possam coabitar para discutir um resultado que seja eventualmente diferente daquilo que eu prego ou penso”.
Para ser aprovada a proposta do voto impresso vai ser preciso 308 votos favoráveis na Câmara e no Senado em dois turnos de votação. Não vai ser fácil aprovar voto impresso como quer o Presidente para a eleição de 2022.