José C. Martelli*

Dedico meu artigo de hoje a todas as pessoas, amigas e amigos, muitas delas responsáveis pelos quase 10.000 acessos a este BLOG, neste seu primeiro ano de existência e que, independentemente de sua ideologia e posicionamento político /religioso, têm mantido comigo uma relação de fraterna amizade.
Não sou dono da verdade e posso até estar errado em algumas de minhas convicções (aqui cabem convicções). Entretanto posso garantir que minhas abordagens nos assuntos sobre os quais escrevo, nunca foram objeto de paixão desmedida. Muito ao contrário, sempre foram objeto de muita pesquisa, estudo, meditação e vontade de acertar. Muitos dos que me estão lendo, aos quais aproveito para agradecer, ratifico, têm ideologias, religiões e posicionamentos políticos diferentes dos meus.
Mas nem por isso deixo de admirá-los porque tenho certeza de que os move a vontade de fazer a coisa correta e, com certeza, guiam-se sempre pelo amor ao próximo. E é isso que vale.
Feito esse preâmbulo quero informar que o texto ora publicado é uma pequena parte de um ensaio que estou elaborando, – aproveitando como terapia à pandemia que infelizmente nos assola – , sobre os fatos políticos/sociais que tiveram lugar no Brasil, cronologicamente, de 1930 até os dias atuais, grande parte dos quais, a partir de 1947, vivi intensamente.
Mas antes do texto. quero rememorar, por cabível, alguma coisa de minha infância.
Aos domingos, pela manhã, eu ficava perambulando nas cercanias de um local onde se reuniam tropeiros para fazer negócios com animais. E era recorrente uma piada de um comprador que perguntara ao proprietário de um garboso animai: – estou achando o preço muito bom. Esse cavalo não tem mesmo nenhum defeito? Ao que o dono do animal retrucava: – meu amigo, se tem defeito, está na vista dos olhos. Fechado o negócio o feliz adquirente lá se ia com o animal. No outro domingo voltava com o cavalo reclamando que o dito cujo era cego. Ao que redarguia o vendedor: – eu falei, e todo o pessoal que estava perto, testemunhou: – o defeito está na vista dos olhos.
E por que estou relembrando essa piada? Porque o texto, de certa forma a reproduz.
Podem falar o que quiserem sobre nosso presidente. Mas ninguém pode dizer que ele nos enganou. O defeito não estava nos olhos, mas estava à vista.
O texto tenta mostrar isso. Quisemos fazê-lo presidente. Portanto não temos do que reclamar.
Para mudar alguma coisa, se for o caso, esperemos o próximo pleito e votemos com mais cuidado.

*Advogado e professor – Espírito Santo do Pinhal – SP