Ivan Santos – Jornalista

A reforma tributária, apresentada ao Congresso nesta semana pelo ministro da Economia do governo do presidente Capitão Mito Bolsonaro, na realidade, é uma simples modificação do Imposto de Renda pago por empresas e pessoas físicas. Quem entende do assunto disse que se trata de uma proposta que vai piorar o ambiente para novos investimentos no Brasil. A proposta acena com desoneração tributária para os contribuintes da classe média e com aumento de tributação sobre o ganho dos investidores.
Na prática, a reforma proposta é um aceno do presidente Capitão Mito para contentar a massa da classe média nacional de olho nos votos dessa camada da população nas eleições de 2022, mas com a manutenção da pesada carga tributária. As empresas oneradas, com certeza, tratarão de aumentar os preços das mercadorias e serviços para pagar o imposto e as vítimas continuarão a ser os consumidores finais. A maioria, trabalhadores assalariados.
A proposta apresentada na Câmara Federal pelo ministro Paulo Guedes aumenta em 31% a taxa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física que sobe dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. As outras faixas terão uma correção menor: 13%. Acaba o desconto simplificado que será restrito a quem recebe até R$ 40 mil por ano. Na campanha eleitoral o Capitão Mito prometeu isentar do pagamento do Imposto de Renda das pessoas físicas que ganhassem até 5 salários mínimos (hoje R$ 5,5 mil). Não cumprirá a promessa nem reduzirá a carga tributária.