Ivan Santos – Jornalista

Politicamente irrealistas, milhares de pessoas se mobilizaram no sábado passado em 24 capitais e pediram o impeachment do presidente Capitão Mito. Não concordamos com o impedimento do presidente. Se há eleitores arrependidos de terem nele votado, que esperem a próxima eleição em 2022 e votem em outro candidato.
No sistema democrático com voto livre como no Brasil, os eleitores precisam assumir erros e comemorar acertos. Impeachment não serve para aperfeiçoar a democracia. Muitos eleitores só aprendem a exercer o direito de escolher quando aprendem a distinguir entre certo e errado.
Hoje aparecem como pré-candidatos a presidente da República do Brasil em 2022, o atual mandatário, Capitão Mito e o ex-presidente, Lula. Há quem não aprove um nem o outro. Para estes, a saída racional é escolher outro candidato.
A esquerda ainda não está unida. União política na esquerda tem sido difícil no Brasil. Tão difícil que o ator esquerdista, Mário Lago, disse certa vez que “no Brasil a esquerda só se une na cadeia”. O Centro também não se entende. Só um partido do Centro – o PSDB – tem três pré-candidatos a presidente. Não vai ser fácil unir os opositores do Mito que continua sem partido.
A Campanha “Fora Bolsonaro” é tão inoportuna quanto a Campanha “Volta Lula”. O Brasil precisa de um governo moderno que assuma o poder com disposição de promover reformas estruturais e reorganizar a política econômica para gerar empregos e renda. Insistir no Mito ou no Lula é nadar contra a maré em dia de maremoto.